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Personal Trainer Ligia Petinatti explica que mobilidade e prevenção são vitais ao treino após os 35

Especialista defende abordagem individualizada para evitar dores, preservar autonomia e ampliar a qualidade de vida na vida adulta

A busca por rotinas de exercício que realmente acompanhem as mudanças do corpo ao longo da vida ganhou força nos últimos anos, especialmente entre pessoas que passaram dos 35 e começaram a sentir limitações antes ignoradas. A equação envolve menos tempo disponível, mais estresse, início de dores recorrentes e um metabolismo que já não responde como na juventude.

Para muitos, o desafio não está apenas em iniciar um treino, mas em encontrar um caminho que faça sentido para o corpo real e que previna lesões em vez de provocá-las. A realidade que muitos adultos vivem após os 35 reforça a importância de reavaliar a forma como se treina. 

Para a personal trainer Ligia Petinatti, esse é justamente o momento em que mobilidade e prevenção precisam assumir protagonismo. “A partir dos 35, o corpo passa a exigir atenção mais precisa. Não é sobre levantar o maior peso possível, e sim sobre recuperar padrões de movimento, ampliar amplitude e construir uma base que sustente força e longevidade”, afirma.

A técnica, segundo ela, não substitui a individualização. Cada pessoa chega ao treino com uma história, um nível de estresse, hábitos diferentes e demandas físicas específicas. O que funciona para um aluno pode ser inadequado para outro, e compreender essas particularidades é o que transforma exercício em ferramenta de saúde, e não apenas em rotina de condicionamento.

A insegurança em se exercitar corretamente aparece de diversas formas. Há quem dependa de treinos genéricos, quem tente reproduzir vídeos da internet ou quem normalize dores que deveriam ser investigadas. 

Outros desistem antes de perceber resultados porque não entendem como o corpo responde a determinados estímulos. Para Ligia, a prática física só se torna sustentável quando o aluno sabe por que está fazendo cada movimento e percebe como aquilo melhora sua função no dia a dia.

Casos que marcaram sua trajetória ilustram essa visão centrada na funcionalidade. Um deles é o de Dona Yolanda, de 82 anos, que enfrentava quedas frequentes e já evitava sair de casa sozinha. Com exercícios voltados para equilíbrio, coordenação e fortalecimento de membros inferiores, Ligia ajudou a reorganizar padrões motores essenciais para a autonomia. A idosa voltou a andar com segurança, algo simples na aparência, mas decisivo na vida de quem depende do próprio corpo para existir no mundo.

Outro caso marcante é o de Ana Carolina, que convivia com obesidade e condições clínicas associadas. Com treino estruturado, acompanhamento multiprofissional e constância, ela perdeu 53 quilos e recuperou mobilidade e autoestima. Para Ligia, transformações assim mostram como o exercício reorganiza a relação da pessoa com o próprio corpo, permitindo que ela reconstrua capacidades que pareciam perdidas.

Há também situações em que o treino se torna peça chave de reabilitação. O exemplo de Matt, militar veterano nos Estados Unidos, evidencia isso. Ele acumulava lesões graves após dois acidentes de helicóptero e convivia com dores crônicas em ombros, quadril e joelhos. A partir de um trabalho de mobilidade articular e fortalecimento progressivo, Ligia devolveu movimento e confiança ao aluno. Ele voltou a praticar esportes e a viver a rotina familiar com liberdade, sem a sensação constante de limitação.

Para a personal, esses resultados traduzem o que ela chama de treino possível. Trata-se de uma construção que respeita vida real, imprevistos e oscilações. “Treino de verdade precisa caber na rotina. A individualização não é luxo; é o que garante consistência. Entender sono, estresse e até o perfil emocional do aluno é tão importante quanto montar a série”, explica. Ela defende que a constância só existe quando o treino faz sentido para quem o executa.

A carreira construída entre Brasil e Estados Unidos ampliou seu repertório, especialmente na atuação com adultos que buscam prevenção, longevidade e performance em esportes como tênis e vôlei. A prática baseada em evidências e a comunicação clara completam o que considera indispensável para gerar autonomia, o verdadeiro indicador de sucesso no treinamento.

Com o aumento da procura por métodos que preservem articulações, reduzam dores e apoiem a vida adulta de maneira plena, abordagens técnicas como a de Ligia ganham relevância. O treino deixa de ser visto apenas como busca estética e passa a ser entendido como ferramenta de saúde. Nesse cenário, mobilidade torna-se fundamento, prevenção vira estratégia e o movimento retoma seu papel essencial ao sustentar a vida cotidiana com mais liberdade, funcionalidade e presença.

 

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