Guilherme Rolim, CEO da C. Rolim Modas, compartilha um olhar otimista sobre o empreendedorismo no Brasil, os desafios e conquistas de conduzir uma empresa familiar centenária e os planos para o futuro.

Com a experiência de quem está à frente da terceira geração de um grupo que completou 71 anos, Guilherme destaca que o período pós-pandemia trouxe grandes transformações.

Eu acredito muito que por trás de toda dificuldade vem um grande crescimento. A pandemia criou uma casca que nos fez sair do nosso ponto de conforto para correr atrás. 

Para ele, a crise renovou o mercado com novos empreendedores e abriu oportunidades. “Meu avô, Clóvis, dizia que com otimismo é difícil, com pessimismo é impossível”, brinca Guilherme, refletindo sua abordagem positiva mesmo diante dos desafios do comércio, especialmente nos meses que antecedem as festas de fim de ano, os melhores para o setor.

O Grupo C. Rolim vai muito além das 13 lojas de roupas da C. Rolim Modas, sua principal atuação. “O conglomerado inclui a Casa Pio, no ramo de calçados, que está para completar 98 anos, além de empreendimentos na construção civil, automóveis e imobiliária”, explica Guilherme, ressaltando a diversidade e solidez do grupo. 

Sobre a longevidade das empresas familiares no Brasil, ele é enfático quanto à importância da preparação:

Não é só porque vem da família que está garantido. Sem estudo e maturação, as chances de não dar certo são grandes. Uma empresa com mais de 70 anos no Brasil já é um grande vencedor.

Sobre expansão, o momento é de grandes mudanças e modernização. “Fizemos um rebrand, mudamos a logomarca e repaginamos a comunicação visual para melhorar a experiência do cliente”, conta. Em agosto, foram abertas duas novas lojas sob essa nova fase, todas focadas em um público mais jovem e conectado com as redes sociais, como Instagram, Facebook e TikTok. “É fundamental acolher a nova geração e os novos veículos para apresentar nossa marca a um público mais jovem, que quer moda atual a preço acessível”, conclui.