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Congelamento de óvulos cresce 98% no Brasil, aponta Anvisa

O número de mulheres que optaram pelo congelamento de óvulos no Brasil quase dobrou nos últimos quatro anos, segundo dados do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio), da Anvisa. Entre 2020 e 2023, o crescimento foi de 98%, com destaque para a participação de mulheres com menos de 35 anos, faixa etária que lidera a preservação da fertilidade no país.

 

Somente entre 2020 e 2021, foram realizados mais de 21 mil ciclos de congelamento, resultando em 154.630 oócitos criopreservados (óvulos coletados e congelados para uso futuro). O procedimento tem se consolidado como uma ferramenta de autonomia reprodutiva feminina, mas especialistas reforçam que a idade é um fator determinante para o sucesso da futura gestação.

 

“A principal causa de infertilidade feminina no mundo é a idade. A partir dos 35 anos, a mulher começa a ter uma diminuição na reserva de óvulos, que tende a se acentuar ao longo dos anos. A partir dos 40, a chance de gravidez natural cai para 10% ou menos”, alerta o ginecologista e especialista em medicina reprodutiva Daniel Diógenes. Ele destaca que o congelamento de óvulos pode ser uma alternativa para mulheres que priorizam a carreira ou outras metas antes da maternidade.

 

Além da questão biológica, o procedimento vem se tornando mais acessível. “Hoje, é possível baratear os custos por meio de alternativas como a doação compartilhada. Quando uma mulher tem boa reserva ovariana e decide doar parte dos óvulos para outra paciente que não possui óvulos viáveis, ambas se beneficiam. Essa parceria, além de ajudar outra mulher, reduz significativamente os custos”, explica a ginecologista Lilian Serio.

 

Indicações comuns para o congelamento de óvulos:
Idade entre 28 e 35 anos;
Baixa reserva ovariana;
Planejamento de maternidade futura;
Priorização da carreira ou outros projetos pessoais.

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