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Poderoso meio de expressão, a arte pode transformar a vida de pessoas com transtorno do espectro autista, que muitas vezes encontram dificuldades em se comunicar pelas vias tradicionais. Através da pintura, da música, da escrita ou da escultura, muitos artistas autistas conseguem traduzir emoções, pensamentos e visões de mundo de forma singular e sensível, evidenciando reconhecimento, pertencimento e autonomia.
O artista plástico brasileiro Paulo Victor da Silva Gabrielos é considerado um artista autista, consagrado pelo talento nas ilustrações do livro “O menino do coração azul”.
Um dos artistas autistas mais conhecidos internacionalmente é Stephen Wiltshire, do Reino Unido, que se destacou mundialmente por sua memória visual e pela capacidade de desenhar paisagens urbanas com detalhes impressionantes após vê-las apenas uma vez. Seus desenhos de cidades como Nova York, Londres e Roma revelam um talento extraordinário, que vem sendo celebrado em exposições ao redor do mundo.
Além das artes visuais, há também músicos autistas que se destacam. O americano Derek Paravicini, por exemplo, é um pianista com TEA e deficiência visual, que possui ouvido absoluto e consegue tocar qualquer música após ouvi-la uma única vez. Sua trajetória é inspiradora e mostra como o talento pode florescer quando há incentivo, acolhimento e acesso às oportunidades.
As trajetórias desses artistas inspiram famílias, educadores e instituições a enxergar além do diagnóstico, reconhecendo o potencial criativo e humano de cada pessoa autista.
Arte transformadora
Ferramenta de educação e transformação social, a arte também pode ser incentivada por organizações privadas e públicas.
A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, através do Centro Inclusivo para Atendimento e Desenvolvimento Infantil, em parceria com a Associação D’Eficiência Superando Limites, realizou, por exemplo, atividades recreativas e lúdicas em 2024.
Crianças atendidas pelo projeto também assistiram, com seus familiares, ao espetáculo “Cantando com Encanto”, em 2023, consolidando a arte como meio de superar preconceitos e promover a igualdade de direitos e a inclusão.