
Foto: Reprodução Instagram
Completamente externo ao que é natural, um pai ou uma mãe enterrar um filho simboliza uma dor que palavra alguma consegue descrever. Quando acontece por duas vezes, dilacera até o raciocínio.
O cantor e compositor Gilberto Gil sabe bem o que isso significa. Preta Gil é a segunda filha dele que encerra sua passagem por este plano de forma prematura. A cantora faleceu no último domingo (20), nos Estados Unidos, em decorrência de um câncer colorretal.
Gilberto Gil já sentiu tamanha dor em outro momento. O filho Pedro morreu em 1990, aos 19 anos, em um trágico acidente de carro enquanto ia dirigindo de São Paulo ao Rio de Janeiro.
Pedro, assim como o restante da família, se dedicou à carreira musical. Em 1985, ele se apresentou ao lado do pai no Rock in Rio, tocando bateria. Paralelamente, também teve uma banda, a Egotrip.
Sobre o ocorrido, Gilberto Gil, em entrevista à TV Globo, abriu o coração. “Dificuldade em me conformar com a inversão dos fatores, de o filho ir antes do pai. Isso é duro. Ele era muito jovem, 19 anos, um acidente, de uma maneira trágica. Aquilo, a tentação para o inconformismo. Não me conformo com isso. Mas a gente tem que se conformar com tudo”, desabafou.
Gilberto Gil, cuja fé se confunde com ele próprio, tamanha sua força, recebe desta coluna irrestritas condolências para superar esse delicado momento.