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Utópicos, sonhadores, aguerridos, movidos por ideologias. Estas constituem algumas das características atribuídas aos jovens. Em tese, são eles que realmente puxam grandes mudanças em um país. Foi assim no Brasil, na década de 60, quando o movimento estudantil bradou contra a ditadura militar; em 1984, com o engajamento pelo voto direto no manifesto “Diretas Já”; em 1992, quando estudantes tomaram as ruas do Brasil com “Fora, Collor”; e o mais recente, em 2013, com os Black Blocs, reivindicando tarifa zero e melhores condições de transporte público.
É preciso ir além. O engajamento dos jovens na causa ambiental é fundamental para garantir um futuro mais sustentável e equilibrado para o planeta. Em um mundo cada vez mais afetado pelas mudanças climáticas, pela degradação dos ecossistemas e pela escassez de recursos naturais, a participação ativa da juventude representa uma esperança de transformação e inovação para questionar padrões insustentáveis e buscar soluções mais ecológicas.
A consciência ambiental entre os jovens pode ser despertada desde cedo por meio da educação, da convivência com a natureza e do acesso à informação. Ao entenderem a importância da preservação dos recursos naturais e os impactos do consumo excessivo, os jovens se tornam agentes de mudança em suas comunidades, influenciando hábitos familiares, escolares e sociais, fortalecendo o senso de responsabilidade coletiva e estimulando ações concretas em prol do meio ambiente.
Os jovens também são essenciais na mobilização social e no ativismo ambiental. Muitos participam de projetos, ONGs, manifestações e campanhas que cobram políticas públicas voltadas à proteção da natureza. O uso das redes sociais como ferramenta de conscientização também tem potencializado vozes jovens no mundo todo, ampliando o alcance das mensagens ambientais e promovendo a troca de experiências entre diferentes culturas e realidades.
Paralelamente, o poder público pode e deve contribuir com essa causa. O projeto de lei 429/25, da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, por exemplo, institui a obrigatoriedade da inclusão da educação ambiental como componente transversal e interdisciplinar no currículo das escolas da rede pública e privada do Ceará, com foco em sustentabilidade e preservação do meio ambiente.
Iniciativas desse formato podem contribuir de forma prática e efetiva para a construção de uma sociedade mais verde e justa, ratificando que, com a união de gerações e o comprometimento coletivo, será possível reverter os danos ambientais e garantir qualidade de vida para todos.