
Alicerce de afeto, segurança e estímulo desde os primeiros anos de desenvolvimento, a relação familiar é fundamental para a inclusão de pessoas com autismo. O acolhimento da família é muitas vezes o primeiro passo para que a criança autista cresça com autoestima, confiança e suporte para enfrentar os desafios do cotidiano.
Além do amor e do respeito, a família, quando presente e sob acompanhamento de profissionais capacitados, pode desempenhar papel importante no estímulo das habilidades sociais, cognitivas e comunicativas da pessoa com transtorno do espectro autista (TEA). É dentro de casa que se iniciam as primeiras experiências de interação, onde a criança aprende a se expressar, a lidar com emoções e a construir vínculos. A paciência, o respeito ao tempo individual e a valorização de pequenas conquistas podem tornar o processo mais efetivo.
A participação da família também é essencial nas decisões relacionadas a terapias, educação e saúde. Pais, mães, irmãos e cuidadores são parceiros ativos de profissionais como psicólogos, fonoaudiólogos e educadores. Quando há uma relação de colaboração entre família e especialistas, as estratégias de apoio tornam-se mais eficazes, personalizadas e alinhadas às necessidades individuais.
Família e inclusão
A família também é essencial na defesa de direitos e na inclusão social, principalmente quando se engaja na formação educacional e social. Acesso a informação, redes de apoio e acolhimento emocional impactam na saúde mental de pessoas com TEA.
Quando o poder público abraça a causa da inclusão e se une a essas famílias, o resultado é incontestável.
A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, através do Centro Inclusivo para Atendimento e Desenvolvimento Infantil, oferece, desde 2021, acompanhamento para crianças e adolescentes com autismo e síndrome de Down, desenvolvendo ações de sensibilização da sociedade, capacitações para profissionais e intercâmbios com órgãos públicos e instituições privadas.
O órgão da casa legislativa acompanha crianças de 2 a 12 anos e adolescentes até 16 anos com TEA e crianças de 2 a 12 com T21, dependentes dos servidores da Assembleia e comunidades do entorno. A equipe é composta por profissionais de áreas como Serviço Social, Enfermagem, Psiquiatria infantil, Pediatria, Neuropediatria, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Psicopedagogia, Psicologia, Nutrição, Fisioterapia, Educação Física e Musicoterapia, oferecendo assistência especializada para o desenvolvimento das habilidades cognitivas, sociais, emocionais e motoras, contribuindo para o exercício da cidadania e a integração às atividades sociais.