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Annette de Castro: sucesso em tudo que faz

Feliz e realizada aos 55 anos, 30 deles dedicados ao Grupo Edson Queiroz, a superintendente da Esmaltec, Annette Reeves de Castro, já escreveu seu nome entre as líderes femininas de sucesso no Estado e no País.

Nascida em Huddersfield, uma pequena cidade localizada no norte da Inglaterra, Annette, que também acumula hoje a função de cônsul da Holanda, revela com detalhes a sua trajetória até se tornar uma executiva de tanta expressividade no mercado. Formada em línguas modernas – russo, francês e serbo-croata na Universidade de Durham. Mestrado em Gestão de Pessoas na Politécnica de Londres.

E a receita para tamanho êxito em sua atuação é simples: “Acredito que trabalhar com dedicação nos permite gerar empresas financeiramente saudáveis, que promovem prazer e felicidade entre os seus funcionários e clientes. Esse é o melhor legado. O sucesso compartilhado é o único caminho para a perpetuidade das empresas”.

Qual a lembrança mais recorrente da sua infância na Inglaterra?

A força e determinação da minha mãe. Ela nasceu e foi criada no Egito e se mudou para Inglaterra quando casada. Após a sua separação ela criou 5 filhos trabalhando incansavelmente sem nunca recorrer a família muito bem sucedida no Egito e desbravando todas as dificuldades que uma sociedade apresentava naquela época para uma mãe sozinha.

Qual seu primeiro emprego?

Na Inglaterra o normal era trabalhar dias de sábado após 11 anos de idade e todas as férias escolares e universitárias. Assim sendo já fiz de tudo – carteira, faxineira, entrega de folhetos no sinal, assistente de loja, salva-vida, guia turística. A nossa formatura depende disto e o meu primeiro emprego após formada questionou muito estes empregos informais na seleção.
Entrei na Shell Internacional em Londres após formada como Trainee, num programa exemplar na época, na área de Recursos Humanos

Após conhecer seu esposo, Marcos de Castro, você deixou sua terra natal, Londres, e decidiu vir para Fortaleza, cidade do marido. Como foi a mudança brusca da Europa para o Brasil e qual a principal diferença do modo de vida inglês para o brasileiro?

Nunca escondo que passei muitas horas chorando sozinha nos meus primeiros anos aqui em Fortaleza. De uma vida londrina agitada e culturalmente estimuladora, cheguei aqui sem falar português. A maioria das mulheres não trabalhavam, ficavam em rodas separadas socialmente. Era difícil fazer ligações internacionais e cartas demoravam meses para chegar, enfim, a comunicação era precária. A vida aqui era muito mais básica, mais simples, mas com a ajuda do Marcos apreendi a curtir a beleza da simplicidade num litoral espetacular e com uma clima que os ingleses passam o ano todo sonhando em ter.

 

Como driblou a dificuldade, por exemplo, com relação ao idioma?

Eu falo francês fluentemente e isto me ajudou muito, e comecei a trabalhar rapidamente. Logo no inicio também eu dava aulas de inglês e russo nas escolas de idiomas e comecei a estruturar as minhas próprias atividades, independente do Marcos

Com apenas dois meses de Brasil e ainda sem dominar o idioma local, você foi convidada para trabalhar na Esmaltec. O convite foi feito por Edson Queiroz Filho, que tinha o objetivo de abrir as exportações da empresa. Você já tinha experiência nesse ramo? Chegou a sofrer algum preconceito por ser mulher e estrangeira a ocupar um cargo importante numa empresa repleta de figuras masculinas?

Nós morávamos com a minha sogra, que apesar de não me entender, sempre me respeitou com uma maturidade muito além do esperado. Meu cunhado tinha recém retornado de 12 anos na Europa para iniciar as exportações da Esmaltec. Sempre digo que ele ficou preocupado, que o nosso casamento iria durar muito pouco se eu não saísse de casa, e ele me convidou para ajudar na Esmaltec. Eu tinha conhecido Edson Queiroz Filho em Paris, no ano anterior, e ele foi um grande incentivador para entrar no Grupo, mesmo ciente que de que eu não dominava o português. Não entendia nada do negócio, mas iniciei traduzindo a norma técnica de botijão, do inglês para o português, aprendendo tanto o português como ganhando a minha primeira iniciação no chão de fábrica.
Com 3 anos, meu cunhado deixou a empresa e eu assumi as exportações. Tive momentos folclóricos, como discussões sobre o fardo, que quase me fizeram abandonar tudo, mas em geral tive um apoio enorme e sempre um respeito extraordinário. Penso sempre que é uma questão de atitude. Se eu quisesse focar nos problemas, dificuldades e preconceitos, com certeza teria me limitado. Mas a partir do momento que escolhi relaxar, simplesmente busquei aproveitar as oportunidades que uma empresa menos estruturada (do que a Shell, obviamente) e um país em pleno desenvolvimento poderiam oferecer, percebi que tinha muito mais oportunidades do que dificuldades. Nunca abordei as posições que alcancei simplesmente como mulher e sim como profissional e, na medida que ia amadurecendo, também passei a entender melhor como lidar com um mundo masculino sem gerar os tradicionais conflitos e preconceitos, ou pelo menos minimizando-os.

 

Há 30 anos morando no Brasil, você foi Cônsul da Inglaterra de 1987 a 2009, e, desde então, assumiu o consulado da Holanda. Qual sua influência para tal função?

A oportunidade consular veio muito cedo e, sobretudo naquela época que as comunicações ainda se restringiam a telex e fax, foi uma bela oportunidade para manter estreitas relações comerciais, sociais e culturais com meu país e a nossa região aqui. As Embaixadas procuram pessoas que possam criar um vínculo entre a região e o país, e que possam fomentar oportunidades e relações em todos os níveis além, obviamente, de cuidar dos cidadãos estrangeiros com problemas. Quando eu cheguei no Brasil eu me registrei de imediato na Embaixada, para assegurar a minha própria segurança, naquela época a Guerra dos Falklands (Malvinas) tinha recém acontecido e o Brasil era território protetor da Argentina. A Grã Bretanha mantinha patrulhamento rigoroso, mas as nossas embarcações eram proibidas de atracar aqui no Brasil. Houve um acidente a bordo do HMS Edinburgh, e a Embaixada me ligou pedindo apoio. Assim começou o meu trabalho. Inicialmente informal, porque não tinha consulado aqui e em 1987, no dia que Thomas, meu primeiro filho nasceu, fui nomeada oficialmente. Gradualmente, a Grã Bretanha foi reduzindo os seus cônsules honorários no país e a Holanda pediu para que eu assumisse o posto holandês pela experiência que já tinha. A experiência com os holandeses tem sido muito interessante apesar de ter muito mais trabalho devido ao número de cidadãos holandeses aqui na região.

 

Além de Cônsul, você exerce um cargo de alta responsabilidade como Superintendente da Esmaltec. Como administra seu tempo com a família?

Não tem milagre. A gente nunca acerta tudo e algo sempre é sacrificado. Tenho uma família excepcional, que apesar das ausências e falta de tempo sempre me apoia. Marcos, meu marido, nunca questionou as minhas prioridades e ajudou com Thomas e Sasha desde pequeno. Tenho muita sorte. Entretanto, conciliar tudo é uma das maiores tarefas que tenho.

Você começou no departamento de exportação, traduzindo normas técnicas e foi se familiarizando com o nosso idioma. Após três anos, assumiu a gerência e hoje tem reconhecimento nacional. Como se sente trabalhando numa empresa nordestina?

Temos um orgulho enorme em ter transformado uma empresa regional em uma empresa com reconhecimento e liderança nacional. Aliás, todos da minha equipe são motivados a reconhecer a nossa conquista. Hoje somos considerados uma das melhores empresas de linha branca no país e, indiscutivelmente, somos respeitados e reconhecidos tanto pela indústria como pelo varejo. O fato de ter nossas raízes no Nordeste realça ainda mais o nosso valor por ficarmos longe dos grandes centros de fornecimento e de clientela

Fale um pouco da sua experiência inicial na Esmaltec até chegar a um cargo de tanta expressividade.

Eu trabalhei ensinando inglês e russo nos primeiros anos nas Casas de Culturas e Escolas de Inglês. Isto me deu independência e me permitiu conhecer outras áreas. Nos primeiros 20 anos no GEQ, quando eu tinha a responsabilidade para o Comercio Exterior, eu viajei muito, sobretudo ao redor da América Latina, o Caribe e Oriente Médio, visitando clientes que me deram uma visão maravilhosa das culturas destas regiões.
Em todos estes momentos, sempre tive um apoio muito grande dos meus colegas e da minha equipe. Trabalhei numa área de comércio exterior que estava iniciando aqui no país, onde tínhamos a obrigação de não só aprender como criar os caminhos e procedimentos, permeando todos os órgãos burocráticos para encontrar as soluções. Nós aprendíamos juntos, e muitas das pessoas que iniciaram as exportações da Esmaltec, e depois da Cascaju, continuam comigo até hoje.

Seu papel é fundamental na empresa. Quais áreas integram seu cotidiano?

Hoje, a estratégia da empresa é a minha maior responsabilidade. Enxergando os melhores caminhos para a empresa como um todo e para as áreas pilares como industrial, comercial e financeiro. A Gestão de Pessoas passou a ser de fundamental importância nos anos mais recentes para o desenvolvimento, motivação e retenção dos melhores talentos para alcançarmos os nossos objetivos. Eu me realizo muito focando na estratégia e gestão de pessoas.

 

Qual a influência mais nítida em seu trabalho?

Se isto significa qual força mais me influencia, creio que sejam integridade, respeito e justiça para manter a coerência no dia a dia. Entendo que temos um único objetivo na vida, que é o de fazer o bem, sermos felizes e tornar a vida de todos ainda mais feliz, quer seja no trabalho ou na nossa vida pessoal. Adoro dar o meu apoio, o meu conhecimento, a minha amizade e acredito plenamente no poder de influenciar as pessoas para o melhor. Se isto significar pessoas, a maior influência que tenho é da determinação, perseverança e busca de felicidade da minha mãe.


 

De que maneira analisa o atual mercado varejista e de eletrodoméstico cearense? Há alguma disparidade em relação ao âmbito nacional?

O mercado cearense de varejo tem players locais fortes, ousados e determinados, já com estruturas significantes. Essas estruturas permitem manter competitividade mesmo com a chegada de redes nacionais e internacionais, mas exigem constantes melhorias e profissionalismo para continuarem competindo. O nosso público é cada dia mais exigente, portanto, o varejo tem que acompanhar as demandas cada vez mais exigentes. No ramo de eletrodomésticos creio que somos bem servidos, mas que ainda tem espaço para ofertas de mais produtos high end.


 

A Esmaltec é uma das indústrias mais modernas da América Latina. E tem seus produtos presentes em mais de 50 países. Quais são seus principais desafios, motivações e expectativas como executiva?

O desafio da Esmaltec é evoluir ainda mais para manter seu crescimento através da oferta de produtos cada vez mais sofisticados, quer sejam de entrada, médio ou luxo. O consumidor que nos fez crescer está exigindo mais e temos a obrigação de atender. E o consumidor que não nos considerava uma opção é o nosso desafio. A nossa indústria está passando por momentos de transição e precisamos estar preparados para aproveitar as oportunidades que estão surgindo. A Esmaltec conquistou a preferência dos maiores varejistas do país. Agora precisamos estender esta preferência para um público maior. Nós buscamos fazer com que a Esmaltec seja ainda mais estruturada, oferecendo um portfólio de produtos ainda mais abrangente e uma equipe profissional preparada e motivada para gerar mais crescimento e sustentabilidade.

Recentemente, você esteve ao lado da presidente Dilma Rousseff em um evento proposto por Luiza Trajano, leia-se Magazine Luiza, que reuniu importantes administradoras femininas em Brasília. Qual sua expectativa e suas ideias para tal encontro?

Participei deste encontro em outubro do ano passado, e para mim foi um momento muito inspirador junto com mulheres muito bem sucedidas e intencionadas, que desejam conjuntamente fazer algo mais para ajudar o país. O encontro com a Dilma gerou muita expectativa entre todas nós e fez com que criássemos um grupo que hoje se chama "Mulheres do Brasil". Já estamos nos encontrando com regularidade e com uma agenda de trabalho que abrange como temas: educação, empreendedorismo, assuntos de mulheres, obviamente, e o âmbito social e sustentável. Tenho grandes expectativas de podermos influenciar mudanças e melhorias, para que na medida em que formos nos estruturando criarmos um grupo local afiliado. Vivo muito no mundo dos homens. Esta experiência para mim está sendo iluminadora. Estou adorando.

A Esmaltec conquistou muitos prêmios. Quais são os principais? E a que se deve tamanho reconhecimento público?

Obviamente temos prêmios de qualidade, consumo energético e design, mas o prêmio maior é ser líder de vendas em fogões e geláguas no país. O que demonstra que nosso prêmio vem do nosso público. Buscamos ao longo dos anos oferecer para o nosso consumidor bons produtos, com qualidade e acessibilidade de preço aliado a um design moderno e atrativo. Entendemos que todos nós temos o mesmo sonho, independente do nosso poder aquisitivo, e por isso investimos muito no design e features do nosso produto.

Os produtos da Esmaltec têm grandes concorrentes nacionais. Quais estratégias vocês utilizam para se manter firme no mercado e crescendo a cada ano?

Nossos concorrentes são multinacionais com plataformas de produtos e acesso à tecnologia maior que o nosso. Para tal, precisamos investir na qualidade e no perfil de pessoas que saibam ousar mais, buscar além. Há muitos anos investimos em design. Temos equipes de engenharia e design dedicadas à inovação. Participamos dos maiores eventos de inovação internacionais para assegurar que a equipe tenha uma visão mais holística. Dedicamos muita força e energia nos programas de desenvolvimento de pessoas. Temos um trabalho muito particular focado no cuidado dos nossos clientes e nos orgulhamos do vínculo que conseguimos construir com os nossos varejistas, que assegura o crescimento e melhoria de todos.

Temos acompanhado as mulheres ocupando, cada vez mais, posições de destaque tanto nas empresas como nos governos. Na sua opinião, por que isso vem ocorrendo? Quais as principais características e diferenças entre uma gestão feminina e masculina? E, se ainda existem preconceitos neste sentido, o que se pode fazer para superá-los?

Entendo que as mulheres estão mais amadurecidas na organização da sua carreira profissional. Elas já conseguem mapear sua vida pessoal e profissional para realizar todos os seus desejos e, assim sendo, conseguem ter mais foco na sua vida profissional. No âmbito de trabalho, elas são mais intuitivas e sensíveis, e conseguem focar claramente nos seus objetivos, consequentemente se destacam rapidamente. É verdade que ainda tem muitos preconceitos e provavelmente a legislação ainda vai ter que ser usada para dirimir injustiças como, por exemplo, na lei dos Conselhos.


 

Além do trabalho na Esmaltec e no Consulado, você administra ao lado da sua filha Sasha uma academia que é uma das mais modernas no Estado, Ayo Fitness Clube. Qual a motivação para abrir uma empresa nesse ramo?

Na realidade quem administra é a Sasha. Eu hoje só funciono como orientadora e conselheira, por simples falta de tempo, porque o ramo me encanta. A Sasha desde cedo queria empreender e por ser assídua de academias percebeu a carência na nossa cidade de um local que pudesse oferecer uma variedade de atividades num ambiente aconchegante, com profissionais bem treinados para cuidar de quem usufruia do serviço. Após 2 anos de pesquisa e avaliação a Ayo nasceu, e acredito que ela ajudou a mudar o cenário de academias na nossa cidade. Também ajudo o Thomas, nosso filho, na Naturayo. Uma empresa de plantas tropicais para o Brasil e exterior, na qual atuo da mesma forma, orientando e fazendo coaching para ele ter sucesso na sua vida profissional.

Quais as principais características de uma empresa familiar? De que forma a direção da empresa pode evitar os conflitos no ambiente de trabalho?

Uma empresa familiar bem organizada e estruturada, com o profissionalismo adequado, consegue se diferenciar pela emoção que ela agrega ao negócio. Entretanto, não há segredos. É preciso ter profissionais com as competências certas, nos lugares certos e na medida que for crescendo, um conselho administrativo e familiar bem implementado.

 

Recentemente, a academia teve sua área ampliada e mais opções de atividades. Quais os planos para 2014 na academia?

A Ayo já entra em 2014 com mais uma reforma de ampliação para atender os alunos com o conforto que entendemos ser necessário. A nossa busca na Ayo é por oferecer um ambiente aconchegante com equipamentos de última geração, aliados a uma variedade de atividades, que torna o cuidado do corpo e mente mais divertido e diversificado. Equipamentos novos, aulas e atividades diferenciadas e o conceito “all inclusive", são atrativos já praticados desde janeiro para que os alunos já usufruam de todas as modalidades na academia. E, tudo isso com profissionais bem treinados e cuidados que oferecem a atenção e o profissionalismo que o nosso aluno merece.

Você conhece muitos países. Tem algum lugar que você tenha sonho de conhecer? E qual cidade visitada que mais chamou atenção?

Viajei muito e morei em vários países, mas não canso de conhecer novos lugares e novas culturas. Recentemente conheci o Vietnã e o Cambodja, que adorei! E ainda gostaria de conhecer melhor a região asiática. Não tenho nenhuma cidade predileta, tenho várias e entre elas, Londres e Rio de Janeiro.

Por fim, qual a contribuição que você espera deixar para a história das empresas (Esmaltec e a academia)?!

Acredito que trabalhar com dedicação nos permite gerar empresas financeiramente saudáveis, que promovem prazer e felicidade entre os seus funcionários e clientes. Esse é o melhor legado. O sucesso compartilhado é o único caminho para a perpetuidade das empresas.

Vamos ao momento bate-volta-rapidinho!

Um sonho ...estou realizando sonhos todos os dias. Sendo feliz, com saúde e com a minha família e meus amigos ao meu redor.
Um defeito ...teimosia.
Uma ambição... fazer a diferença na vida das pessoas.
Lugar para viajar... meu país, Inglaterra.
Uma qualidade... generosidade com meu conhecimento.
Viver é... curtir a vida com aquilo que ela nos oferece.
Deus... de todos e para todos, em todos os momentos.
Família... a razão de viver.
Amigos... são poucos e muito especiais.
Defina Annette de Castro: Eu sou uma pessoa feliz por tudo que consegui realizar na vida, tanto profissionalmente como pessoalmente. Me sinto privilegiada por todas as vivências. Mas sinto que ainda tenho muito mais para fazer e realizar. Tenho muitos caminhos ainda para trilhar, muita energia e o desejo de fazer a diferença na vida das pessoas.

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Acompanhe mais fotos por Lino Vieira.

 

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