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Deputada Luizianne Lins narra como foram os dias na flotilha humanitária

A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) retornou ao Brasil após quase uma semana detida em Israel, onde estava como parte da flotilha humanitária que seguia para a Faixa de Gaza. Ela deu detalhes sobre as condições sofridas no presídio israelense Ketziot e denunciou o descumprimento de várias leis do direito internacional por parte de Israel.

 

"Os dias foram muito pesados", relata. "As celas que eram para cinco pessoas tinham 20. Víamos a opressão psicológica sistemática: não dormíamos porque a cada hora entravam para contar a quantidade de presos — éramos contados pelo menos 10 vezes por noite". 

 

Luizianne explicou que lhes era negado sono, água e comida em condições adequadas.

 

Passávamos privação de sono, água e comida. Só recebemos medicamentos depois de pressão diplomática.

 

Israel descumpre leis internacionais, denuncia Luizianne

 

A parlamentar denuncia que Israel viola normas internacionais ao manter a detenção das pessoas da flotilha sem o tratamento médico correto, sem audiência com direito à defesa e em condições degradantes. "Estão descumprindo várias leis do direito internacional e da Convenção de Genebra", afirma.

 

A gente não é inimigo nem guerreiro, somos ativistas humanitários que levavam ajuda para a população de Gaza.

 

Acordo dos EUA com Israel é frágil, aponta Luizianne

 

Sobre as recentes movimentações diplomáticas entre Estados Unidos e Israel, Luizianne falou com ceticismo. "O acordo dos EUA é frágil porque eles querem colonizar a Palestina. A política americana tradicional não mudou, mesmo com discursos diferentes".

 

Ela reforçou o apelo para o fortalecimento da solidariedade internacional e a continuidade do movimento global pelo fim do que chama de genocídio. "Foi uma missão de humanidade e solidariedade. Pedimos que o mundo denuncie cada vez mais o genocídio do povo palestino para que todos possam cuidar. O movimento não pode ter descontinuidade".

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