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Alódia Guimarães revela detalhes de sua carreira

São anos dedicados à organização e ao planejamento de eventos sociais, corporativos e familiares. Alódia Guimarães é uma das mais respeitadas e consagradas profissionais de festas do Ceará. A seguir, acompanhe um papo exclusivo que esta coluna teve com ela sobre carreira, etiquetas e comportamento. Na foto, Alódia com a filha Samyra.

Primeiro, queríamos saber um pouco sobre sua relação com o Ideal Clube de Fortaleza, que é praticamente sua casa. É isso mesmo?!

É, sim. Faz parte da minha vida. Eu sempre digo que eu tenho algumas casas. A casa onde eu nasci, a casa que eu construí, o colégio Imaculada, que foi minha educação, e o Ideal Clube, que foi e é o meu lazer. Então, tenho quatro casas no meu coração. Isso é importante demais para o desenvolvimento psicológico, de felicidade, de tudo na minha vida.

Como se deu o início de seu trabalho com organização de eventos?

Na verdade, eu vivi, desde a minha infância, dentro do Ideal Clube. Quando fui debutar, época em que o Zé Rangel surgiu como fotógrafo para nos registrar, fui eu mesma que produzi a minha própria festa de debutante no Ideal Clube. Mas não como cerimonialista, mas como aquela menina que reunia a turma para resolver e fazer as coisas acontecerem. Naquele momento, a gente já sentia uma tendência de gostar daquilo que fazia, o que hoje é a minha vida.

Qual sua avaliação sobre a importância da etiqueta social?

Eu acho que o comportamento, ou seja, a postura comportamental, é importantíssimo em todos os momentos da sua vida. A gente precisa incorporar esses conhecimentos de etiqueta de uma forma tal que não fique artificial, que fique natural no dia a dia. Se formos falar com o governador, o prefeito, o presidente da República, temos que ter conhecimento de protocolo e de traquejo social para sabermos o que falar e como agir. Então, é importante que as pessoas leiam sobre etiqueta e vivenciem essa etiqueta.

Isso serve para todos os momentos da vida, dona Alódia?

Em todos os momentos da vida, vamos precisar disso. Até quando vamos para uma entrevista de emprego ou uma festa. Por exemplo, quando você é convidado para uma festa, você é destacado, pinçado, em um grande grupo de amigos. No primeiro momento logo, é preciso responder se estará presente naquele evento ou se não estará. Isso é aquela velha siglazinha RSVP, que é Répondez S'il Vous Plaît (responda por favor), e as pessoas não fazem uso disso.

Qual sua avaliação sobre o que explica o não uso do RSVP?

Por que?

Sim.

Porque isso acarreta um grande prejuízo ao anfitrião, que poderia ter convidado uma outra pessoa. O anfitrião já pagou uma quantia cara para X pessoas estarem no buffet. Se você não responde, se não diz se vai ou não vai, você deixa uma lacuna aberta, um vazio. Então, deve ser feita a confirmação. O convidado precisa valorizar isso. Essa é a primeira dica que dou para uma pessoa: responder a um convite e dizer se vai estar ou não vai estar. Algumas pessoas se abstêm de dizer isso, porque não vão poder ou simplesmente não estarão na cidade do evento.

Essa postura, então, prejudica o êxito da festa?

Isso causa um mal estar. O prejuízo é maior, pois o valor foi pago para aquela pessoa que deveria estar lá, mas não esteve. Isso é uma coisa importantíssima! E outras coisas também, que vamos delineando ao sabor do tempo.

Tipo o quê?

Por exemplo, tudo que você faz na festa é para ser vivenciado na festa. Algumas pessoas chegam com avidez para levar alguma coisa ou tirar proveito de alguma coisa. De levar os guardanapos, os porta-guardanapos...

Os docinhos...

Os docinhos, então, nem se fala... Então, todo mundo que está sendo convidado para aquela festa, eu tenho certeza, que tem condição de comprar 100 docinhos para comer em sua casa. Mas é uma avidez tão grande, que as pessoas, quando vão fazer uma festa, têm que triplicar o número de docinhos pelo fato de ser levada uma quantidade maior para casa. Tem que se ter cuidado com tudo isso, né?!

Com certeza. Qual seria, portanto, o benefício dessa postura?

Para justamente deixar as coisas mais leves. Eu digo sempre que isso traz leveza à festa e não traz aquela tensão, a preocupação do depois, que deve ser só de alegria.

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