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Fabiana Justus se emocionou ao revelar como foi seu primeiro contato através de carta com o seu doador de medula. "É uma emoção muito grande, surreal. Sou profundamente conectada com uma pessoa que não conheço e ainda não posso conhecer. Se Deus quiser, quando completar um ano e meio do transplante, vamos poder nos conhecer. Pela carta, acho que ele vai querer também, mas só vou saber quando chegar esse momento. Quero preservar obviamente a intimidade dele. Até agora, não consigo, não caiu a minha ficha, não consigo acreditar. Estava muito ansiosa por esse momento, algum tipo de contato com a pessoa que salvou a minha vida", relatou.
Por tudo isso, ela destacou a importância da doação de órgãos. "Deus colocou esse ser humano, esse anjo na minha vida, e de alguma forma, nossos caminhos se cruzaram e a gente deu match na compatibilidade. Meus médicos falam que é basicamente um gêmeo meu que eu não conheço. É uma sensação muito indescritível. E mais uma vez venho dizer o quão lindo é esse processo, quão mágico é tudo isso. Escrevi na minha carta que ele me permitiu ver os meus três filhos crescerem; que, por causa dele, eu tive uma segunda chance de vida, e é isso que eu sinto. Então, doem, se cadastrem, por favor, isso é muito lindo, é muito mágico", contou.
O contato comoveu Fabiana. "Já li e reli a carta dele umas 100 vezes, e ainda não consigo acreditar. A única coisa que quero contar é que ele falou que pensou muito em mim no último ano. Eu consigo imaginar como deve ser esquisito também: você doa a medula para alguém que você não conhece, você não tem notícias daquela pessoa, você não sabe se ela está bem. Então, acho que quando ele recebeu a minha carta, ele deve ter ficado aliviado", declarou.
A gratidão tomou conta de Fabiana. "Precisei de uns dias para assimilar o que aconteceu, porque até agora ainda não assimilei direito. Até agora, não acredito que a gente se falou de alguma forma. É surreal, o sangue dele corre pelas minhas veias e eu ainda não o conheço. É só isso que eu quero. Fiquei muito emocionada, de verdade. Minha família também ficou muito emocionada. A carta não podia ter sido mais perfeita as coisas que ele escreveu. Não dá para acreditar", concluiu.