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Saxofonista mistura instrumento com música eletrônica e se apresenta em eventos de Fortaleza

Com menos trabalhos devido à pandemia, Chris ressalta que ainda realiza eventos, mas que sempre prioriza os com públicos menores e mais segurança

Foto: Divulgação

O saxofone é um instrumento versátil. Um sopro mais forte pode conferir um som mais estridente enquanto uma soprada mais suave dá ao instrumento um ar mais leve e ritmado. A versatilidade do saxofone é uma das características mais apreciadas por Chris Live Sax, músico potiguar que, com 33 anos de carreira musical, vem movimento novos gêneros do instrumento em Fortaleza. 

Filho do Maestro Dermival Pinheiro, nome conhecido em sua terra natal, Mossoró, Chris ressalta que a música sempre fez parte da sua vida, tendo iniciado nos instrumentos aos sete anos. Aos 14, já tocava profissionalmente e de forma remunerada, tendo passado por diversas bandas, com destaque para a banda do Sesi, e se tornando saxofonista solo do Sesi do Rio Grande do Norte. 

“Aí chegou um momento que senti necessidade de sair de Mossoró, ir para um canto maior. Eu tinha uns 18 anos por aí e cheguei em Fortaleza em 1992. Comecei tocando em um show no Náutico, fui para a Praia do Futuro, ... Comecei a entrar na música instrumental propriamente dita”, elucida. A partir de então, passou a investir em sua carreira em Fortaleza e de forma internacional, tendo feito três temporadas de apresentação nos Estados Unidos. 

Ciente das várias possibilidades do sax, Chris vem misturando o som marcante do instrumento com as batidas da música eletrônica. A ideia de investir no gênero surgiu após um convite do restaurante Colosso, propondo que o som do sax se juntasse ao mix do DJ. A experiência, que ocorreu no ano 2017, foi marcante para o saxofonista.

“Fui e me senti muito à vontade tocando com o DJ, porque eu sou um cara do Jazz, do improviso, da música pop… Aí passei a fazer alguns shows no Colosso e já estava contratando DJs para tocar comigo”, explica ele, destacando que a descoberta foi o mote para o seu nome artístico, Chris Live Sax. 

Apaixonado pelo instrumento e deslumbrado pelas novas possibilidades, Chris compara a junção com um jogo de pular cordas, onde a pessoa que irá pular deve entrar no ritmo de quem gira a corda, e não o contrário “O saxofonista vai entrar naquela música e somar a sensibilidade àquele ritmo, àquela música. Tem que saber a hora de entrar e a hora de sair, sem tropeçar. Você vai tocar em uma música que já está pronta e você tem que entrar como saxofone e fazer parte dela, para que as pessoas assimilem que é uma coisa só”, ressalta ele, que se formou em 2019 no Bacharelado em Música com Habilitação em Saxofone pela Universidade Estadual do Ceará (Uece), sendo inclusive solista da Banda Sinfônica da Uece, regida pelo maestro Dr. Landi.

Atualmente, o saxofonista é residente do Beach Park e do Santuário das Águias, tocando periodicamente em ambos os locais. Ainda, Chris prepara o lançamento de seu primeiro single, um mix da música tema do desenho da Pantera Cor de Rosa. A estreia ainda não possui data certa, mas Chris adianta que será lançada primeiramente na rádio Jovem Pan. 

Com menos trabalhos devido à pandemia, Chris ressalta que ainda realiza eventos junto ao seu parceiro, DJ Matheus Lorenzo, mas que sempre prioriza os com públicos menores e mais segurança, tudo para seguir tocando seu instrumento. 

“Tocar sax é minha vida. O saxofone é o instrumento que mais se aproxima da voz humana, que fica junto ao seu corpo e se torna uma extensão. E ele é visceral. É um instrumento exigente. Eu me considero um eterno estudante do sax, que além de ter toda aquela coisa da digitação, você tem que saber soprar direito. É uma extensão da minha própria essência como ser humano, minha sensibilidade”.

 

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