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Projeto poético “Livro de Rua” exibe poemas em locais públicos de Fortaleza

Da ideia de transformar o ordinário em extraordinário, os poemas estão distribuídos pelo caminho do ônibus Grande Circular 02


Foto: Divulgação

“Tudo é meio, entre passagens, pontos e pontes, como antes”. Os versos poéticos de Flávio Paiva compõem o projeto “Livro de Rua (Poesia Circular)”, que, por meio de 50 poemas de 41 autores, pretende disseminar a poesia por Fortaleza. Da ideia de transformar o ordinário em extraordinário, os poemas estão distribuídos pelo caminho do ônibus Grande Circular 02 no formato de cartazes “lambe-lambe” e contam histórias, passam mensagens e infestam de poesia os trajetos dos passageiros. 

Idealizado a partir do 8º Edital das Artes da Secultfor, o projeto é o segundo título do livro e foi organizado pelo realizador e produtor cultural Sivirino de Caju. Além dos cartazes, preparados por escritores, músicos, professores e diversos outros artistas, o projeto também conta com distribuição de postais e com um hotsite

Entre os participantes, estão nomes conhecidos, como o produtor cultural Talles Azigon (responsável pela biblioteca Livro Livre Curió),  o jornalista Flávio Paiva (colunista do O POVO) e a escritora Aline Bussons (autora do livro “O Hipopótamo que tinha ideias demais”). Já as ilustrações são assinadas pelos artistas Jonathas Alpoim e Sunsarara.

Os locais dos cartazes, formados a partir do trajeto do Grande Circular, foi escolhido por Sivirino por já ser “uma rota poética por si só”. “Andei muito de Grande Circular e como eu moro na zona Oeste da cidade o terminal de ônibus de Antônio Bezerra é minha referência e geralmente eu ia rumo a praia então contou minha memória afetiva. Outro ponto foi a questão da circularidade e possibilidade da leitura completa da obra por usuários no cotidiano de já ter o público alvo e, eu sei, bastante precisado de produção artística local, pra quebrar a fadiga dos ônibus lotados, do trânsito caótico…”, ressalta ele, que transita pelas mais diversas áreas da cultura. 

Ainda, o projeto objetiva funcionar como um ponto de partida de diversas discussões, sejam elas coletivas ou individuais. A proposta ainda é forma de direcionar a arte para a população, como uma galeria pública e a céu aberto. Sivirino acrescenta que a intervenção ainda consegue ter um efeito significativo no cotidiano, que se vê balançado pela provocação em pleno ponto de ônibus. 

“A forma, a rima, o ritmo, contribuem para uma leitura mais agradável e por isso o conteúdo é melhor absorvido, até mesmo “incorporado”. Sem falar nas ilustrações, que funcionam como as pétalas das flores que chamam a atenção do público, já o poema é a essência, e cada pessoa que ler, protagoniza a polinização da poesia na cidade. Acredito que assim, todxs que se afetarem a falar do Livro de Rua também contribuem para a democratização das artes na nossa cidade com sentimento de pertencimento”.

Veja algumas artes:



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