Foto: Divulgação
A saúde mental de estudantes e professores tem se tornado um dos grandes desafios da educação contemporânea. O ambiente escolar, tradicionalmente marcado por cobranças, metas e avaliações constantes, enfrenta ainda mais pressões devido às transformações sociais, tecnológicas e culturais dos últimos anos. Questões como sobrecarga de atividades, falta de apoio emocional e o impacto das redes sociais contribuem para o aumento de casos de ansiedade, estresse e até depressão no contexto educacional.
Entre os estudantes, a competitividade, a pressão por resultados acadêmicos e a necessidade de se adaptar rapidamente a novas formas de aprendizagem estão entre os principais fatores que afetam o equilíbrio emocional.
Muitos jovens relatam dificuldade em lidar com a frustração e com a expectativa de um futuro incerto, o que amplia os quadros de sofrimento psicológico. Além disso, o uso excessivo da internet e a exposição às redes sociais podem intensificar sentimentos de comparação, solidão e insegurança.
No caso dos professores, a situação também preocupa. O excesso de responsabilidades, aliado a outros fatores, gera um cenário de esgotamento físico e mental. O fenômeno conhecido como “burnout” é cada vez mais comum entre educadores, que enfrentam jornadas longas e exigências emocionais intensas, muitas vezes sem contar com o suporte necessário das escolas ou políticas públicas.
Projetos de apoio psicológico, rodas de conversa, práticas de mindfulness e incentivo a atividades físicas são exemplos de iniciativas que podem ajudar a reduzir o impacto do estresse no ambiente educacional.
Mais do que garantir bons índices de desempenho, a escola deve ser um espaço de cuidado, empatia e desenvolvimento integral. Iniciativas públicas e privadas podem fazer a diferença nesse cenário. O projeto de lei 8.914/24, da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, por exemplo, institui a campanha Janeiro Branco, que trata sobre a prevenção da saúde mental, no Calendário Oficial de Eventos do Ceará.