
Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil
A terça-feira (28) foi marcada por uma das operações policiais mais violentas já registradas no Rio de Janeiro. A Operação Contenção, realizada em conjunto pelas polícias Civil e Militar, deixou 119 mortos, sendo 115 civis e quatro policiais. O balanço foi atualizado nesta quarta-feira (29) pelo secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, durante entrevista coletiva à imprensa.
De acordo com as autoridades, o número de vítimas pode ainda aumentar, já que há feridos em estado grave. Curi afirmou que as mortes ocorreram em confrontos e que “a polícia não entra atirando, entra recebendo tiro”, justificando que as equipes reagiram a ataques. “A operação estava planejada. O resultado quem escolheu não foi a polícia, foram eles”, disse o secretário.
Ao todo, 113 pessoas foram presas, sendo 33 oriundas de outros estados que atuavam em facções criminosas do Rio. Além disso, dez adolescentes foram encaminhados a unidades socioeducativas.
A ação foi classificada por movimentos sociais e entidades de direitos humanos como “chacina”, em razão do número recorde de mortes. O secretário, no entanto, refutou o termo: “Chacina é a morte ilegal. O que fizemos foi uma ação legítima do Estado para o cumprimento de mandados de apreensão e prisão”.
A Operação Contenção é, até o momento, a mais letal da história do Rio de Janeiro, superando ações anteriores em comunidades da capital e da Baixada Fluminense.