Foto: FolhaPress em 18/11/2020

O estado do Amapá registrou fortes chuvas na madrugada desta segunda-feira, 23, que aumentaram os prejuízos do 21ª dia de apagão. Segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, do Inpe, o temporal foi o maior registrado em 2020 na capital, Macapá, e as pancadas de chuva devem seguir até quarta-feira, 25. E a previsão do Núcleo de Hidrometeorologia (NHMet) é de mais chuvas ainda em novembro

Em crise desde o último 3 de novembro após um incidente em um gerador na Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), que afetou a energia de 13 dos 16 municípios do estado, o Amapá sofre com falta de serviços básicos, como saúde, comunicação, abastecimento de água e bancos. A siutação fez inclusive com que o estado adiasse as eleições municipais. 

Ainda, moradores indica falhas no sistema de rodízio oferecido pela CEA. Segundo ainda a estudante Karina Lins, de 25 anos, residente do Centro de Macapá e que vem conversando com a Frisson sobre a situação, mesmo com a segunda proposta de rodízio, há diversas falhas nos horários. “Começou com o rodízio de seis horas, mas todo mundo reclamou. Ai eles fizeram um novo tipo de rodízio, só que poucas vezes isso funcionava. O meu horário, por exemplo, era da meia-noite às três da manhã, mas às vezes ela só chegava uma e meia”, explica.

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Segundo a estudante, a falta de estabilidade fez com que diversos aparelhos queimassem. “Aqui em casa a gente perdeu bastante lâmpadas. Conheço gente que perdeu todos os eletrodomésticos. Um negócio bem bagunçado mesmo”, ressalta. 

A previsão do Ministério de Minas e Energia é que tudo esteja normalizado no Estado até a próxima quinta-feira, 26. A previsão, entretanto, é questionada pela moradora devido à "falta de compromisso na a fala de todas as autoridades".

Visita de Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) visitou o estado pela primeira vez desde o apagão no último sábado, 21, onde participou de uma cerimônia para a ativação dos geradores. 

Entretanto, no domingo, 22, “foram identificadas algumas dificuldades relacionadas à logística e ao clima para a instalação dos geradores”. A expectativa é que até esta segunda, estejam operacionais 34 MW de geração térmica.