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O Hapvida enfrentou uma das maiores quedas de sua história recente ao despencar mais de 42% na bolsa, reduzindo seu valor de mercado em aproximadamente R$ 7 bilhões em um único pregão. O tombo foi provocado principalmente pela divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2025, que vieram muito abaixo do esperado pelo mercado. O EBITDA ajustado caiu cerca de 20% em relação ao ano anterior, sinalizando enfraquecimento operacional e performance distante das estimativas dos analistas.
A alta sinistralidade, que atingiu 75,2%, também influenciou. O indicador representa quanto a empresa gasta com atendimentos em relação ao que arrecada, e números acima do previsto indicam maior pressão de custos. Como a sinistralidade já vinha sendo um desafio histórico da companhia, o aumento reforçou a percepção de que a empresa ainda encontra dificuldades para controlar despesas médicas.
Além disso, o aumento da dívida líquida e o fluxo de caixa negativo intensificaram as preocupações sobre a solidez financeira da Hapvida. A leitura do mercado foi de que a estrutura de capital está mais pressionada, o que gera dúvidas sobre a capacidade da empresa de sustentar investimentos, ampliar margens ou retomar crescimento no ritmo projetado anteriormente. O contexto levou vários analistas a revisarem para baixo suas estimativas futuras, aumentando a pressão vendedora.
Diante da forte desvalorização, o Hapvida anunciou um programa de recompra de ações como forma de tentar conter a queda e transmitir confiança ao mercado. No entanto, mesmo com essa iniciativa, persiste a dúvida sobre sua efetividade enquanto os desafios operacionais e financeiros permanecem sem solução definitiva.