
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quarta-feira (4) a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), atendendo a uma solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Além da prisão, Moraes ordenou que a Polícia Federal (PF) adote providências para solicitar a inclusão da parlamentar na lista de difusão vermelha da Interpol.
A decisão inclui ainda medidas como o bloqueio do passaporte da deputada, o congelamento de repasses da Câmara dos Deputados e a suspensão de suas contas em redes sociais, entre elas Instagram, TikTok e Facebook.
Na fundamentação, o ministro citou declarações recentes de Zambelli em entrevistas, nas quais ela confirma ter deixado o Brasil e afirmado que suas redes estão sob o controle da mãe. Moraes também mencionou que a deputada teria seguido uma estratégia semelhante à utilizada por Eduardo Bolsonaro, que se licenciou do mandato e permaneceu nos Estados Unidos.
“A jurisprudência do Supremo é clara ao admitir a prisão preventiva em casos em que há indícios de fuga com o intuito de se esquivar da aplicação da lei penal”, registrou Moraes em seu despacho.
O ministro também apontou que a viagem de Zambelli à Europa indicaria tentativa de evitar o julgamento dos embargos de declaração apresentados contra sua condenação. O julgamento de um dos recursos está previsto para iniciar nesta sexta-feira (6), no plenário virtual do STF.