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Professor de redação, Diego Pereira é referência em Fortaleza, além de apaixonado pela profissão

Foto: Lino Vieira

“Se eu nascesse 10 vezes, eu seria 10 vezes professor”. A fala do professor Diego Pereira deixa claro sua paixão pelo ensino e por estar dentro da sala de aula. Atuando há mais de 20 anos como docente, o professor ficou conhecido principalmente por ministrar um curso de redação voltado para a redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que já referência em Fortaleza, e pelos seus métodos educativos que fizeram diferença para milhares de alunos no Enem. 

O professor, animado com o tema e com o perfeccionismo de um professor de redação, conversou com a Frisson sobre sua trajetória no ensino, a criação do Curso de Redação Diego Pereira, que já ensinou cerca de 20 mil alunos, e dicas para estudantes que irão prestar o Enem em algum momento. Confira a entrevista:  

Frisson: O senhor é formado em Letras, certo? Pode falar sobre sua decisão do curso?

Diego Pereira: Sim. Aos 15 anos, quando alguém me perguntava o que eu gostaria de ser, eu dizia: “professor de português e de redação”. Desde essa idade, eu já ministrava aulas particulares na casa de colegas da minha idade ou mais novos um pouco que eu, contratado pelas mães dos meus amigos, muitas vezes. Cursei Letras na Uece e na Unifor. Ainda cursei Direito na UFC, mas logo me concentrei só nas Letras. 

Frisson: Quando decidiu ser professor? E por quê? Qual o sentimento que você tem na sala de aula? 

Diego Pereira: Se eu nascesse 10 vezes, eu seria 10 vezes professor. Tomei essa decisão ainda adolescente. Algumas pessoas próximas acham que eu deveria me rotular como “empresário” ou com essa coisa mais do momento de “CEO” do Curso (risos). Acho meio brega, inclusive, quando vejo os perfis do Instagram repletos de “CEOs” de coisa nenhuma. A verdade é que sou sim um empreendedor, atuando em outros setores além do Curso de Redação. Temos uma editora, já vendemos mais de cem mil exemplares impressos do nosso livro, o Curso de Redação para Enem e Particulares, que já está na 9ª edição e tem quase mil páginas. Mexo ainda com mercado financeiro, com agronegócio, mas eu gosto mesmo é de ser professor. Gosto que me chamem de professor Diego Pereira. 

Frisson: Você também cursou Direito. Pensava em trocar de área? E o que te aproximou para o Direito? *

Diego Pereira: Cursei, mas deixei de lado pelas circunstâncias do momento e do mercado à época em que comecei a atuar profissionalmente. O Direito na UFC está lá trancado há quase 20 anos, acredito que eu ainda volte um dia, só por prazer mesmo, para encerrar esse ciclo lá. É uma carreira muito bonita, mas a verdade é que eu nunca cogitei atuar como profissional do Direito. Minha vocação sempre foi muito clara para o magistério. 

Frisson: Pode falar sobre a criação do curso? Quando surgiu a ideia e como foi até o que ele é hoje? 

Diego Pereira: Tenho 20 anos de sala de aula. O curso tem 13 anos. Surgiu de uma percepção empreendedora da minha parte ao compreender uma demanda dos meus alunos. Eles tinham as ideias, não conseguiam colocar no papel com proficiência e em baixa minutagem, considerando o tempo de prova nos vestibulares. Especializei esse serviço e hoje ofereço um curso anual de aprofundamento de leitura e de amadurecimento do ato de redigir, trabalhando temas das mais variadas naturezas, promovendo reflexão, raciocínio crítico, consolidando uma metodologia de produção textual  e deixando meus alunos em condição de escrever textos eficazes para quaisquer ocasiões. 

Frisson: Quantos alunos já passaram pelo seu curso? 

Diego Pereira: Cerca de 20 mil. 

Frisson: Qual você acha que é o diferencial de suas aulas de seu método? 

Diego Pereira: Autoria. Eficácia. Resultado comprovado. Solidez. Credibilidade. Paixão. 

Frisson: Por que a redação do Enem é tão importante? Por que acha que ela possui um peso na nota? 

Diego Pereira: Porque é a única prova aberta, discursiva, vale mais de 20% da nota total e deixa o estudante em condições factíveis de tirar nota 1000, o que aumenta ainda mais a importância dela. 

Frisson: Por que o Enem foca na dissertação argumentativa e não em outros gêneros, como narração? 

Diego Pereira: Provavelmente para facilitar a uniformidade de correção. São milhares de avaliadores de todo o Brasil. Uma prova com gêneros geraria mais divergências de avaliação. 

Frisson: Nesses 20 anos lecionando, o que você acredita que aprendeu com seus alunos?

Diego Pereira: Lidar com um público adolescente e jovem é ter condição de também ser sempre jovem. Aprendi a compreender esse público, a lidar com seus dramas, seus desafios e suas demandas. Aprendi a ser humano, no sentido mais profundo desse termo. 

Frisson: Quais os segredos para um redação 1000?

Diego Pereira: A base para uma Redação nota 1000 no Enem consiste em atualização informativa, em versatilidade vocabular, em razoável domínio gramatical, em uma tese e em uma argumentação que a sustente, bem como em uma proposta de intervenção na vida social que seja norteada por garantias universais do ser humano e que manifeste atrelamento direto com a tese e a argumentação defendida.
É necessário combinar valores de cidadania, empatia, solidariedade e respeito à diversidade sociocultural como demonstração de criticismo e de informatividade, em prol de uma sociedade justa. É isso que se espera de um concludente do Ensino Médio no modelo de redação esperado pelo INEP.

Frisson: Quais dicas você dá para um estudante que está se preparando para o Enem?

Diego Pereira: Leia muito, leia tudo. Pratique. Escreva sempre. E, claro, se puder, faça o Curso de Redação do Professor Diego Pereira. É isso (risos). 

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