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O neurocirurgião Guilherme Lepski desenvolveu no Brasil uma nova terapia para dor denominada estimulação ganglionar para dor crônica, que está sendo utilizada pela primeira vez no HCor, em São Paulo. Destinada a pacientes com dores crônicas (principalmente com lesão de nervos de qualquer tipo), que não obtiveram êxito com tratamento medicamentoso ou cirúrgico, a técnica atua por meio da estimulação dos gânglios das raízes nervosas, um método de neuromodulação, em que um gerador emite impulsos elétricos através de um eletrodo posicionado no gânglio responsável pela transmissão da informação dolorosa.
O procedimento, com anestesia local e considerado minimamente invasivo, é realizado em até uma hora e consiste no implante de um fino eletrodo por meio de uma agulha, direcionando-o para o gânglio das raízes nervosas (dentro do canal da medula). Segundo o neurocirurgião, o paciente recebe alta no dia seguinte.
Para este tipo de tratamento, as principais indicações são pacientes com dores neuropáticas refratárias ao tratamento clínico e multidisciplinar, como lesão de nervos periféricos causada por acidente ou por cirurgia (correção de hérnia inguinal, procedimentos ortopédicos em joelho, tornozelo ou mãos, cirurgia de hérnia de disco lombar, diabetes, herpes zoster, etc), dores isquêmicas em membros inferiores ou de origem cardíaca (angina refratária), entre outras condições clínicas.