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Crianças se destacam como mini ativistas da causa animal no Ceará

No cenário do Ceará, é possível encontrar crianças que se destacam como verdadeiros mini ativistas da causa animal. Um desses é Gabriel, de apenas 10 anos, que desde que nasceu já vivia rodeado de animais. Com uma paixão genuína por cuidar de seres indefesos, Gabriel tem se dedicado cada vez mais ao bem-estar dos animais, principalmente aqueles em situação de rua.

 

O pequeno ativista acredita que é fundamental conscientizar as pessoas sobre a importância da castração dos animais, para evitar a superpopulação e o abandono de filhotes. Mesmo com sua pouca idade, Gabriel já realiza resgates, alimenta e cuida de animais de rua, além de ter resgatado e adotado dois gatinhos e dois cachorros abandonados.

 

“Minha mãe sempre me ensinou a amar e respeitar qualquer ser vivo, tanto humanos, como os animais irracionais. Os bichinhos não sabem se defender e quando as pessoas abandonam, eles podem morrer de fome, doenças ou atropelados. Então só pegue um animal se você realmente for cuidar”, ressalta Gabriel. Não muito distante, o adolescente Arthur, de 15 anos, filho da ativista e fundadora da Organização Não Governamental (ONG) Anjos da Proteção Animal (APA), Stephanie Rodrigues, também mostra desde muito novo uma consciência aguçada em relação ao cuidado com os animais. Já participou de palestras ao lado da mãe, realizou resgates e colabora nos cuidados com os mais de 600 animais abrigados pela ONG.

 

De acordo com a psicóloga Rebeca Lima, diversos estudos comprovam que cultivar sentimentos positivos em relação aos animais durante a infância pode ter um impacto positivo na autoestima e autoconfiança das crianças. Isso ocorre porque ao desenvolver uma percepção positiva dos animais, as crianças tendem a se abrir mais para estabelecer conexões de confiança com outras pessoas.

 

“Ensinar as crianças a respeitar os animais é importante para que elas entendam que esses seres merecem consideração, pois, de certa forma, são similares a nós – afinal, eles também sentem fome, frio, dor, prazer, alegria, tristeza... Porém, apesar das semelhanças, cada espécie tem suas próprias necessidades. A capacidade de identificar e responder às necessidades específicas de outro ser, ao mesmo tempo em que reconhecemos nossas semelhanças, é a base da empatia. Por isso, educar as crianças para respeitar os animais não apenas promove o desenvolvimento da comunicação não verbal, essencial para aprender compaixão e empatia”, ressalta a psicóloga.

 

Dados indicam que o engajamento das crianças na causa animal tem crescido significativamente nos últimos anos. Stephanie Rodrigues acredita que as escolas deveriam aderir palestras ou mesmo disciplinas sobre direito animal e posse responsável, como forma de educar as futuras gerações sobre a importância do respeito e cuidado com os animais.

 

Diante desse cenário, fica evidente que a conscientização e o engajamento das crianças são essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e compassiva com todas as formas de vida. Gabriel, Guilherme e tantos outros jovens ativistas mostram que é possível fazer a diferença, mesmo com pouca idade, e que juntos podemos construir um mundo melhor para os animais.

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