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Déjà vu: o mistério da mente que faz você sentir que já viveu algo antes

Você já passou por uma situação em que teve a nítida impressão de que aquele momento já havia acontecido antes? Mesmo com a certeza de que era a primeira vez? Esse fenômeno tem nome: déjà vu.

 

A expressão francesa significa literalmente “já visto” e descreve uma sensação curiosa e intrigante, que atinge cerca de 60% a 80% das pessoas em algum momento da vida, segundo estimativas de neurocientistas. Mas, afinal, o que está por trás dessa experiência?

 

Como o déjà vu acontece?

Apesar de ainda não haver uma explicação definitiva, o déjà vu é considerado um fenômeno cerebral. A teoria mais aceita entre especialistas é de que ele ocorre quando o cérebro “confunde” informações novas com memórias antigas, criando a ilusão de familiaridade.

 

Segundo a neurociência, pode haver uma falha momentânea no sistema de memória do cérebro, principalmente entre o hipocampo (região responsável por registrar novas memórias) e o córtex temporal. Isso faz com que o cérebro registre uma situação atual como se fosse uma lembrança, gerando a sensação de repetição.

 

Quando é mais comum?

O déjà vu é mais frequente em jovens adultos entre 15 e 30 anos e tende a ocorrer com mais facilidade em momentos de estresse, fadiga ou distração. Pessoas que viajam muito, leem ou assistem a muitos filmes também podem experimentar mais episódios — provavelmente porque acumulam referências que aumentam a sensação de familiaridade.

 

Há motivo para preocupação?

Na maioria dos casos, o déjà vu não representa nenhum risco à saúde e é considerado um fenômeno normal. Porém, quando as ocorrências são muito frequentes e acompanhadas de desorientação, perda de memória ou outros sintomas neurológicos, pode ser um sinal de distúrbios como epilepsia do lobo temporal — e aí sim, é indicado procurar avaliação médica.

 

Fenômenos semelhantes

Além do déjà vu, existem outros fenômenos cognitivos relacionados:

 

Jamais vu: quando algo muito familiar parece completamente novo e estranho.
Presque vu: a clássica sensação de “tá na ponta da língua”, como quando quase lembramos de um nome.
Déjà rêvé: quando temos a impressão de já ter sonhado com algo que está acontecendo agora.

 

Um enigma que continua intrigando a mente humana

 

O déjà vu continua sendo um dos fenômenos mais intrigantes da neuropsicologia. Mesmo com avanços na ciência, ele ainda é cercado de dúvidas — e talvez por isso mesmo, tão fascinante. Um lembrete de que, por mais racional que seja o nosso cérebro, ele ainda guarda muitos mistérios.

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