Levi Castelo Branco, um nome que vem encantando os corações, seduzindo os gostos mais apurados e atraindo os olhares e holofotes. Tudo isso com o que escolheu fazer: cantar o amor, com sons, palavras, gestos e, com o mais importante, paixão.
Sua trajetória começou cedo e depois de uma intensa e íntima vivência com a arte de cantar, o músico abriu espaço para levar todo esse encantamento ao mercado de grandes eventos em Fortaleza. E já com pouco tempo atuando profissionalmente, o sucesso lhe deu as mãos e ele já foi considerado uma revelação.
Confira agora um bate-papo dele com a Frisson, quando contou como aconteceu a sua carreira e os planos para torná-la ainda mais consistente.

Você é cantor, pianista e compositor. Como começou a sua história na música?
Sou de uma família que respira música. Desde pequeno fazia aula de canto, piano, teoria musical. Comecei no violino, mas logo desisti porque me apaixonei pelo piano. Na igreja em que fazíamos parte, havia música para tudo. Então comecei a perceber que a minha forma de tocar e cantar tinha o poder de emocionar as pessoas. Toquei o primeiro casamento com 12 anos de idade.
Por que a paixão pela música de casamentos?
A música de casamento é intimista, romântica, nobre. O repertório de um casamento é específico, muito diferente do repertório de uma festa de aniversário, por exemplo. A cerimônia nem se fala! Cantar uma cerimônia é um privilégio muito grande. Momento único. É presenciar algo que passa tão rápido, mas, de fato, acaba eternizado pelo trabalho que fazemos. E pelo amor! A música precisa inspirar o amor, inspirar amar. São os sentimentos mais nobres que precisam sair da caixa de som. Nas festas de casamento, esse desafio, por incrível que pareça, facilita o meu trabalho. Porque posso emocionar a partir do meu canto, apesar de estar em um ambiente de festa, em que preciso animar todo mundo.
Sua carreira foi construída como cantor gospel. Conta um pouco dessa história.
Comecei a cantar na igreja. Foi onde aprendi a fechar os olhos pra cantar. Depois foi onde aprendi a abrir os olhos (e a olhar no olho das pessoas!). Foi onde aprendi a expressar minhas emoções, independentemente do tamanho do público. O importante era expressar meu amor por Deus através da música. Aprendi a comunicar minha fé e encorajar pessoas através da minha força. Na igreja tem um espectador silente. O cantor gospel aprende a expressar emoções profundas porque ele canta pela fé. Para expressar música (louvor) a um espectador "invisível". É uma experiência única! Trabalhei como músico voluntário por muitos anos, cantando e tocando na igreja local. Depois gravei algumas canções em discos de autoral gospel, morei nos Estados Unidos e trabalhei como pianista e diretor musical de uma igreja em Seattle. Foi onde desenvolvi ainda mais as minhas habilidades!
Você surgiu como grande revelação da música cearense no ano de 2014. Como isso se deu?
Eu já tinha uma carreira longa na música quando decidi passar a oferecer música profissionalmente. Por isso tomou proporções mais rapidamente quando comecei a mostrar o trabalho pela rede social. Logo meus amigos e conhecidos que curtiam o trabalho como músico voluntário começaram a me indicar e se tornaram clientes. Antes eu fazia música de forma gratuita, porque era meu serviço ministerial. Em um determinado momento, passou a ser minha profissão, e portanto, meu ganha pão. Sou advogado, formado pela Universidade Federal. Então eu não tinha planos de seguir com a música profissionalmente. Mas a oportunidade apareceu e resolvi arriscar a chance de ser feliz trabalhando com algo que para mim é sonhar acordado. Acho que as pessoas têm vibrado com esse meu momento e isso traz ainda mais vontade e desejo de que eu alcance o sucesso. Tenho muitos amigos na música e muitos amigos que trabalham com eventos, casamentos, formaturas. Tudo tem cooperado.
Você conquistou o público ao fazer apresentações banhadas de estilo, com repertório e performance cheios de personalidade. Como atingiu essa performance?
Tive outras experiências com arte, performance de palco. Tenho vivência na música, conheço um repertório amplo por conta dos anos de estudo de piano clássico e canto popular. Sempre fiz música nos locais em que passei. Na escola, na igreja, nos clubes, esportes que fazia, nos cursos de inglês. Participava de peça, teatro, musicais, mesmo na infância. E depois de adolescente comecei a trabalhar como modelo, também serviu bastante para saber lidar com postura e carisma, perdi a vergonha do público e das câmeras. Tem também minha personalidade, porque sou extrovertido e sempre tive prazer de falar em público! Quando subo em um palco, fico radiante! No palco sou quem eu quero ser. Faço tudo que gostaria de fazer, e entrego para as pessoas o que há de melhor em mim! Essa liberdade tem trazido leveza, espontaneidade e verdade para as minhas apresentações.
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Quais as suas principais características como cantor?
Eu gosto de canto livre. Não consigo apresentar uma música como manda a versão original. Canto com a minha verdade. Sei utilizar minhas referências e misturá-las. Também aprendi a lidar com os limites da minha voz e tenho estudado como posso para melhorar o alcance. Acho que uma característica do meu canto é o canto miúdo, a interpretação, o desenho das palavras. Costumo dizer que sinto cada palavra que canto.
Qual a importância da interação com o público?
Isso é primordial para atingir um resultado. Eu enxergo música como ciência. A pessoa precisa ter uma "experiência musical" quando me escuta cantar. Interagir com o público é entender que as pessoas precisam se sentir importantes quando escutam minha música. Palco é lugar de democratizar, não de segregar. Gosto de colocar as pessoas para se sentirem "parte" do show! Parte da festa! E nesse sentido, quanto maior for a minha interação com as pessoas, mais elas sentirão o efeito da música e maior será o resultado do meu trabalho. Principalmente em eventos sociais! A música é a alma da festa, e o cantor conduz esse casamento. Porque se a música estiver em descompasso com o sentimento das pessoas, não está cumprindo o papel. É como um todo desequilibrado. Precisa haver essa troca!
Você passeia do jazz ao blues, do pop internacional à música brasileira. Como você avalia essa versatilidade? Tem um estilo que aprecia mais?
Não. Eu amo a boa música. E isso inclui ritmos atuais, modernos e "diferentes". Gosto de tudo, vou de Mozart à Ludmila. Música deve animar, alegrar, fazer dançar, sensibilizar. Música também tem o papel de inspirar, apaixonar. Para cada tipo de efeito, um tipo de música. Todas cumprem sua função. Desde que não me traga uma sensação negativa de que, por detrás daquele som, existe uma letra que incentiva a cultura negativamente. Que cumpra uma desfunção. É a parte da consciência política que não abro mão.
Atualmente, está assinando a produção musical de grandes eventos corporativos, sociais e beneficentes na cidade de Fortaleza. Como conquistou esse espaço, como mantê-lo e quais os diferenciais do seu trabalho?
Tenho conquistado meu espaço com trabalho duro, grandes relacionamentos e amizades verdadeiras. As pessoas tem gostado da minha entrega, seriedade. Querem ouvir música de um cara apaixonado. Afinal de contas, música é arte. E pra fazer arte precisa ter muita paixão. Não saí de uma profissão tão séria para fazer música de maneira relapsa. Então tenho envolvido a melhor equipe, com um conceito novo, jovem e antenado. As pessoas gostam, voltam, se tornam clientes e assim espero manter meu trabalho!
Qual o segredo para o seu sucesso?
Confiar em Deus, sem dúvidas, e tratar as pessoas como você gostaria de ser tratado.
Você se autointitula cantor do “novo romântico”. Explica isso pra gente.
O novo romântico é uma forma de enxergar o amor. Não se resume a canções que falam sobre amor a dois. São canções que falam do amor como virtude, como movimento. É amor por um país, amor pela família. É responsabilidade social, comprometimento com a cidade e preocupação com um todo. Amar de forma abrangente significa ser embebecido de amor e estar disposto a amar em todas as direções. Não apenas quando se recebe algo em troca. O novo romântico é também o romântico atualizado, uma forma mais intensa de cantar o amor, mais atual. Costumo pensar que as artes andam juntas e o movimento artístico desenha, cria e compõe de acordo com a época. Tem muita gente compondo sobre um amor decidido, maduro, espiritualizado. Tanto é que casar nunca esteve tão "em alta". As pessoas querem se comprometer, querem construir uma história de amor eterna (que dure pela vida toda). Um dos hits mais cantados nos últimos anos diz "eu te amaria por mil anos". Outros já vão escrever algo em sentido contrário, criticando a idealização deste amor. E assim a liberdade artística vai distinguindo as linhas e revelando o que eu chamaria de um (ou mais) novo movimento na música romântica.
Com o lançamento da sua Big Band o que espera para o futuro?
Espero realizar projetos inovadores e ter muito sucesso. A Big Band é um projeto ambicioso e muito difícil de realizar! Quero oferecer algo diferente, inusitado. Estamos ainda ensaiando essa banda e projetando o repertório!
Quais os seus sonhos na caminhada musical?
Quero lançar meu trabalho autoral nos próximos meses. Meu sonho é deixar meu recado, minhas composições. Minha mensagem, minha percepção de mundo. O artista tem esse desejo: de deixar uma marca na geração em que fez parte.
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Tem planos de fazer carreira nacional e internacional?
Sim, quanto maior for a proporção da minha mensagem maior será minha realização como pessoa (imagino).
O que a música representa pra você?
Uma forma de expressão. É minha linguagem no mundo.
Fala um pouco da sua participação em projetos sociais...
Tenho mantido sempre envolvimento com projetos de apoio social diversos. Desde cantar para crianças, ensinar música na comunidade, visitar asilos e prestar serviços de assistência jurídica gratuita. A música é uma forma muito eficaz de transformar uma vida. Se ela tem poder de mudar o coração de um homem cansado, vivido e maduro, quanto mais tem poder para mudar a história de uma criança que nasceu destinada ao fracasso.
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Sobra tempo para exercer o Direito, atividade em que você se formou?
O direito se aplica em tudo. Abriu minha mente para a vida e me formou como cidadão, empresário e artista! É uma forma de ser profissional, minha arte foi influenciada através disso. Mas não tenho tempo para o direito por enquanto. Espero manter meus estudos, pois uma hora quem sabe volto a atuar. Tudo tem um motivo, uma razão.
Quais os planos para o futuro próximo?
Quero começar a produzir material com artistas locais e produzir novas atrações para o cenário musical aqui em Fortaleza.
Como você analisa a MPB hoje e o sucesso da música chamada sertaneja, além das músicas 'chiclete'?
Acho que o povo quem faz a sua música. Assim como é o povo que elege seus representantes. A música que vende é a música que toca! Então é legítimo. Se as pessoas estão pedindo, estão comprando, é porque o ritmo fez sucesso. E contra o sucesso não podemos falar nada! Até porque nada pode mudar o que já deu certo. A música sertaneja é maravilhosa! É apaixonante, tem gosto de terra. Traz um sentimento gostoso, vontade de amar. O que me fizer feliz cantando, vou cantar. A música chiclete muitas vezes é uma música que não se importa com a mensagem "em si", mas com o momento. É muito bacana, tem seu momento! Tem o papel de "animar", movimentar uma festa. Posso não cantar porque não acho que combine com minha figura e os outros estilos que eu faço, mas desço do palco e curto com todo mundo! Nem tudo na arte precisa fazer tanto "sentido". A arte também envolve animar, alegrar, muitas vezes, de maneira boba, descontraída.
Pingue pongue
Música... Uma grande ciência capaz de tocar o espírito das pessoas.
Família... O melhor lugar do mundo. Os melhores fãs, os fãs mais sinceros que uma pessoa pode ter. Seu melhor termômetro, sua melhor plateia. Base de tudo!
Filhos... Um projeto de vida maravilhoso!
Pais... Amor incondicional!
Deus... Sentindo, motivo e razão.
Sonho... Razão para continuar lutando!
Virtude... Aprender a perder!
Defeito... Virtude mal aplicada. É a pimenta da vida. É o gosto da arte!
Uma viagem... No Natal, neve e lareira com a família em algum lugar distante!
Uma frase inesquecível... "Se não tivesse amor, de nada valeria".
Um conselho... Ter compromisso consigo mesmo.
Um segredo... Acreditar em um projeto grandioso.
Confira os cliques de Lino Vieira.