Em uma entrevista exclusiva à coluna Frisson, o empresário Gutemberg Costa, conhecido como Guto, falou um pouco sobre sua trajetória de sucesso à frente da Frutbiss, que, há mais de duas décadas, lidera o fornecimento de sorvete no Nordeste. “Graças a Deus, um trabalho muito aceito, até pelas condições climáticas. Nós temos, eu e minha esposa, 106 funcionários diretos, sem falar nos indiretos”, ponderou. Acompanhe a seguir:
Como o senhor se sente ao saber que sua marca é a quinta maior fornecedora de sorvete no Nordeste há 23 anos?
Me sinto muito feliz e abençoado, porque não é fácil ser empresário neste País e ver o fruto do seu trabalho ser bem aceito pelos consumidores. Isso traz uma satisfação enorme.
A produção de sua empresa começou de forma bem caseira, não é?
A minha esposa que fazia o sorvete em casa. Em meados dos anos 90, ela tinha feito um curso para fazer sorvete caseiro, para degustação da família na semana. Quando veio a crise do Plano Collor, ficou difícil trabalhar com artesanato. Eu, como chefe de família, tive que buscar outros meios.
E como foi isso tudo?
Tinha uma bicicleta na época. Aproveitei o que eu tinha. No primeiro dia, fiz 50 copinhos na noite. No segundo dia, saí pela BR e comecei a vender pelas casas, empresas. De lá para cá, não parou mais.
Valeu a pena tanto esforço?
Graças a Deus, um trabalho muito aceito, até pelas condições climáticas. Nós temos, eu e minha esposa, 106 funcionários diretos, sem falar nos indiretos.
Falando em sorvete, é um alimento nutritivo?
Sim. Muita gente acha que é apenas uma guloseima, mas não é. O sorvete é um dos alimentos mais completos que existem, principalmente se levarmos em consideração o cálcio.
Isso repercute até no público feminino...
Claro. As mulheres, por exemplo, chegam à terceira idade e precisam de mais cálcio, que tem abundantemente no sorvete, assim como tem muitas fibras, especialmente os sorvetes de frutas.
Qual o sabor que não pode faltar de jeito nenhum no sorvete da sua empresa?
Nós, como bons cearenses, não podemos deixar de faltar, por exemplo, a castanha, que é muito deliciosa e bastante exportada.
Há algum outro também muito comercializado?
Além dela, tem a tapioca, que é uma coisa bem nossa, bem nordestina. Os turistas, quando nos procuram, gostam muito da castanha e da tapioca, que é uma coisa bem à nossa cara.
E sobre as vendas, o senhor sabe quantos sorvetes são consumidos por dia na Capital?
Números absolutos não temos. Agora, temos a certeza absoluta do crescimento do consumo, tanto que hoje se vê muitas lojas que vendem prioritariamente o sorvete.