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Victoria Petri mistura referências na arquitetura e aposta na personalização de seus projetos

Victoria Petri mistura estilos e referências na arquitetura e aposta na personalização de seus projetos

Foto: Lino Vieira

Inspirada pelo tio, a arquiteta Victoria Petri decidiu bem cedo o caminho profissional que queria seguir. Tinha quatro anos e acompanhou a reforma da sua casa, desde os materiais até os móveis. A paixão foi tão grande que, aos 12 anos, já tinha como hobby construir desenhos em 3D. Hoje, assinando projetos em seu próprio escritório, o VP Arquitetura e Interiores, Victoria deseja seguir com seus atendimentos, apostando sempre na qualidade. 

A profissional, que ainda reflete as referências de seu intercâmbio em Florença, na Itália, conversou com a Frisson sobre as particularidades de suas ideias e sobre sua visão sobre o papel da arquitetura. Confira: 

Frisson: Você decidiu ser arquiteta bem cedo, certo? Pode explicar melhor quando você se percebeu com esse desejo, o que te influenciou?

Victoria Petri: Pelo o que me lembro, queria ser arquiteta desde os meus quatro anos de idade. Minha primeira experiência com o mundo da arquitetura foi quando eu e minha família nos mudamos e meus pais decidiram fazer um projeto para o novo apartamento. Foi  muito marcante para mim. O arquiteto do projeto era meu tio, Cacau Esteves, que morava em São Paulo na época, e durante todo o projeto, por muitas vezes, viajamos para São Paulo para escolhas de materiais, móveis e etc.  É engraçado porque, para mim, aquilo era quase uma viagem para a Disney. Eu amava.

É muito comum crianças serem fãs de atrizes, cantores ou atletas. Eu era fã do Cacau, ele me mostrou esse mundo e fez eu me apaixonar, achava tudo incrível. Depois disso eu não larguei mais esse amor, me pegava sempre desenhando casas, ambientes e etc.

Lembro que, aos 12 anos, consegui um programa de modelagem 3D para meu computador. Enquanto minhas amigas estavam brincando com o The Sims, eu ficava fazendo modelagem de projetos. Além disso, meus pais também me influenciaram muito por serem apaixonados por arte nas suas diversas formas. Minha história naturalmente me levou para a arquitetura e é um amor que tenho até hoje e vai durar para sempre.

Frisson: Você fez parte do curso de arquitetura na Itália. Pode falar mais sobre seu intercâmbio, onde esteve, por quanto tempo…

Victoria Petri: Fazer um intercâmbio e estudar arquitetura na Itália foi um sonho realizado. Minha família é italiana, então decidir fazer esse intercâmbio foi uma escolha muito fácil, não tive dúvidas. Morei por um ano em Florença e foi uma experiência indescritível. A Itália respira arquitetura e poder ter essa imersão no berço da arquitetura durante meus estudos me transformou na profissional que sou hoje. Muitas das minhas referências vêm de lá, uma arte atemporal e que serve como referência até em novos estilos que surgem hoje em dia. Junto a tudo isso ainda pude estar próxima da minha família, unindo o melhor dos dois mundos, pessoal e profissional. Se eu puder indicar uma coisa para todos os estudantes de arquitetura é conhecer a Itália.

Frisson: Como você define o seu estilo de arquitetura e interiores? Quais elementos você dá preferência, quais sensações você deseja despertar?

Victoria Petri: Como falei, a Itália é uma grande inspiração para mim. O país é marcado por vários estilos, e talvez por isso não gosto de me definir com um só estilo específico. Acho que todos os estilos tem suas belezas, gosto de unir diferentes estilos, criar algo novo e autêntico. Muitas vezes achamos que as coisas devem seguir padrões e regras, mas o contraste pode te surpreender.

Mas admito que tem uma fusão que amo, o neoclássico e o moderno, o contraste brilha aos olhos, trazendo sofisticação e personalidade, além de gerar um ambiente aconchegante e inspirador.

Frisson: Quais são suas marcas na arquitetura, que faz uma pessoa olhar para o projeto e saber que é seu?

Victoria Petri: Acredito que a minha “assinatura” é justamente unir estilos, de forma a trazer um projeto autêntico.

Frisson: Quais são suas principais referências atuais, tanto em nomes de profissionais quanto em projetos?

Victoria Petri: A referência que tenho desde meus quatro anos é o Cacau Esteves, meu tio, tanto no estilo quanto na forma que ele me ensinou a entender que um projeto é muito mais do que uma simples estrutura, ele está relacionado a como materializar os desejos e sonhos dos clientes. Outra grande referência é o arquiteto Sig Bergamin, que para mim é um dos maiores arquitetos brasileiros, reconhecido nacional e internacionalmente pelos seus projetos.

Além disso gosto de buscar referências em tudo, desde arquiteturas históricas até projetos altamente modernos.

Frisson: Agora você possui um escritório, o VP Interiores. Pode falar sobre como ele surgiu, os projetos que você prioriza?

Victoria Petri: Desde antes de me formar, sempre tinha muito bem claro que gostaria de poder trazer uma experiência diferente para meus clientes,  desde o projeto e atendimento à personalização. Por isso sempre tive bem claro que isso seria possível com meu próprio escritório e, em 2019, realizei esse sonho. Ao longo desses quatro anos, me sinto muito satisfeita com os trabalhos que estamos realizando e acredito que isso é apenas o início.

Frisson: Qual você acredita que seja o papel da arquitetura, e como ela consegue dialogar com o momento em que a sociedade se encontra?

Victoria Petri: Sempre tive um pensamento bem claro sobre o papel da arquitetura na vida das pessoas, mas hoje, depois do que passamos na pandemia, com a reclusão social e o tempo que tivemos que estar em casa, acredito que isso se acentuou muito. Um projeto, principalmente residencial, tem que refletir a essência dos proprietários, trazer um sentimento de que aquela casa ou apartamento é seu em todos os detalhes, que cada milímetro seja um local de aconchego e que aquele lugar foi planejado exclusivamente para eles.

Frisson: Quais tendências você vem observado na área em 2023, seja de materiais quanto das sensações da arquitetura?

Victoria Petri: Trazendo uma visão técnica do movimento que a arquitetura vem apresentando, acredito que as pessoas estão enxergando cada vez mais a iluminação como um fator extremamente importante nos projetos, seja ela natural ou artificial, os ambientes se valorizam quando a iluminação não passa despercebida. A madeira e elementos naturais também são tendências que vêm sendo usadas desde o ano passado e continuam neste ano.

Frisson: Quais são seus objetivos profissionais em 2023? Há algo concreto já em mente?

Victoria Petri: Acredito que meu objetivo vem sendo atingido no nosso dia a dia. O ano de 2023 será de crescimento, para que possamos impactar cada vez mais pessoas, com a mesma qualidade que trouxemos até hoje, pois, para mim, a qualidade do atendimento é algo inegociável.

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