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O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito das Bets indiciou 16 empresas ou pessoas, incluindo as influencers Virgínia Fonseca e Deolane Bezerra, ambas seguidas por milhões de pessoas.
A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) destacou, no texto final apresentado, os indícios para processar as duas famosas por crimes como propaganda enganosa, estelionato, lavagem de dinheiro e uso de bets sem autorização legal.
Seguida por mais de 50 milhões de pessoas, Virgínia assumiu, em audiência no Senado, que utilizava contas falsas para simular jogos on-line em que, supostamente, ganharia prêmios das empresas de apostas on-line. “A atuação de influenciadores em redes sociais não é como uma publicidade qualquer. Ela é baseada na credibilidade que deriva de uma suposta atuação real dessas pessoas. Não há dúvida, assim, de que esses vídeos de apostas mencionando que a conduta configura obtenção de vantagem indevida por meio de indução a erro de milhares de seguidores, crime previsto no Código de Defesa do Consumidor", explicou Soraya.
Thronicke imputou ainda à influenciadora Virgínia Fonseca, que ganha dinheiro promovendo marcas na internet, a assinatura de acordos com empresas de bets em que receberia 30% do total perdido nas apostas pelos seus seguidores, desde que eles jogassem por meio do link divulgado por ela. “Essa prática é claramente abusiva, podendo provocar demasiado estímulo no influenciador digital em convencer seus seguidores, que, em princípio, devotam a ele admiração, estima e confiança, a efetuarem apostas”, concluiu.