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Secretário da Cultura de Fortaleza, Elpídio Nogueira discute metas para o setor em Fortaleza

Na sua agenda, Elpídio destaca a abertura do diálogo para o Carnaval - apesar de não ter especificado a viabilidade - e a Virada Cultural no primeiro semestre, “a depender da pandemia"

Foto: Reprodução Facebook

O novo secretário da Cultura de Fortaleza, o vereador Elpídio Nogueira, realizou live na noite desta segunda-feira, 4, mesmo dia em que foi empossado, para indicar suas metas e objetivos como chefe da pasta. Na sua agenda, Elpídio destaca a abertura do diálogo para o Carnaval de 2021 - apesar de não ter especificado a viabilidade - e a Virada Cultural no primeiro semestre, “a depender da pandemia”. 

“Essa live de hoje é para dizer para vocês: o diálogo está aberto com todas as manifestações culturais de Fortaleza. Vamos começar com as mais urgentes. Nós teríamos agora o Carnaval em fevereiro. Temos que ver como vamos trabalhar o período de Carnaval em fevereiro”, destacou o secretário. 

Elpídio Nogueira é médico de formação, músico amador e irmão do atual prefeito, Sarto Nogueira (PDT). Elpídio Com seis mandatos na Câmara Municipal, o secretário já foi titular da Secretaria Municipal dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), secretário do Turismo e diácono da Igreja Batista. Na live, o titular da pasta também falou sobre a questão da religião com a cultura, diferenciando o “político evangélico” do “evangélico político”. 

"Hoje sou secretário com muita honra, sempre quis ser secretário de cultura. Podem contar comigo e com toda a minha força e todo o meu trabalho. Cheguei na Secultfor e agora conto com vocês, espero vê-los, receber mensagem e espero que realmente possamos fazer a diferença na cultura da nossa Cidade", destaca. 

Outro objetivo destacado foi o projeto “Comboio Cultural”, que será fruto de sua emenda de R$ 500 mil ainda como vereador na votação do orçamento do Município para 2021, em novembro de 2020. A proposta é que artistas se posicionem em uma espécie de “palco” em um ônibus e realizem performances enquanto o veículo circula por Fortaleza. “O objetivo desse projeto é passar nos bairros da cidade fazendo com que um artista conhecido mostre sua arte e ao mesmo tempo, abrir espaço para aqueles que moram na periferia, no Bom Jardim, no Jangurussu, Tancredo Neves… Eu espero que já nesse primeiro semestre a gente possa viabilizá-lo”. 

O secretário também ressaltou que uma de suas ideias é promover shows de humor todas às quartas-feiras no Teatro São José. De forma menos detalhada, Elpídio falou sobre possíveis concursos de fotografia e um livro atualizado sobre a Cidade. “As pessoas que gostam de livros, se preparem, que uma das coisas que eu admiro. Gosto muito de ler e de pessoas que tem o prazer da leitura. 

Relação com a cultura 

Músico amador, tocador de ukulele e gaitista, Elpídio não trabalhou profissionalmente com a cultura. Médico obstetra, o secretário ressalta que seu vínculo com a pasta é a partir da relação que possui com os artistas e eventos culturais da Cidade e dos projetos e emendas parlamentares. 

O titular citou que, em 2011, destinou recursos parlamentares para a “aquisição de equipamentos sonoros para realizar shows espalhados pela Cidade”. Em 2012, indica ter destinado uma emenda no valor de R$ 100 mil para a Secultfor. “Às vezes muitos artistas nem sabem que está acontecendo um evento na cidade e não sabem que a origem foi lá numa emenda parlamentar que o vereador Elpídio colocou”. Outro destaque do secretário foi o apoio ao Conexão Cultural, que levava shows musicais para terminais de ônibus de Fortaleza. 

O secretário também ressaltou que apoiou o Fórum Harmônicas Brasil, realizado em Fortaleza nos anos 2011 e 2012. "Em 2016, com o projeto de nº 050, fez a aquisição de equipamentos móveis de som no valor de R$ 100 mil. A Virada Cultural de Fortaleza também foi um projeto de minha autoria, bem com o projeto Casa do Artista e o Música na Escola".

Amaudson Ximenes, presidente diretor do sindicato dos músicos do Ceará, indica que ainda não houve contato entre o sindicato e o novo secretário. "No momento atual seria de grande importância uma política pública ampla de auxílio emergencial municipal para os artistas que foram os primeiros a parar e continuam em dificuldade. Muitos colegas músicos ficaram sem trabalho e renda por conta do decreto e não tiveram uma compensação financeira ou algo que amenizasse essa situação", indica o músico, que comanda o sindicato há três anos. 

 

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