
Foto: Lino Vieira
Baltaguimar de Souza também atende pelo nome de Balreis. Empresário natural da Guiana Francesa, cresceu no Rio de Janeiro e, desde jovem, já sabia que a moda iria ser o carro chefe da sua vida profissional. Em 1975, fundou sua primeira loja no RJ, intitulada Balreis, e, após uma viagem de turismo, decidiu se firmar em Fortaleza e abriu a primeira loja na capital cearense em 1989.
De lá pra cá, foram investimentos e mudanças, mas sem perder o valor da elegância. O empresário conversou com a Frisson sobre sua trajetória profissional e a sua visão sobre a moda masculina. Confira a entrevista:
Frisson: A primeira loja Balreis foi fundada no Rio de Janeiro, certo? Pode contar a trajetória da loja, desde o começo no Rio de Janeiro até atualmente?
Balreis: Já tinha relação com a moda e o alto custo das roupas de locação para noivo me incentivou a da início. Fundada em 1975, no Rio de Janeiro, na época a primeira loja de locação de roupas. Começamos com uma pequena quantidade de trajes e logo em seguida sentimos a necessidade de aumentar e com seis meses depois já estávamos abrindo a segunda loja no Rio e no período de três anos abrimos seis lojas.
Frisson: O que o trouxe até Fortaleza? Pretende se mudar para expandir a loja ou Fortaleza deverá ser seu último destino?
Balreis: Fiz uma viagem de turismo para Fortaleza, gostei bastante da cidade por ser calma, tranquila e foi então onde decidi abrir uma loja. Logo depois abri uma loja em Natal e Teresina. Depois de bastante tempo resolvemos ir fechando as lojas do Rio e ficamos somente no nordeste em seguida fechamos em Teresina e ficamos em Fortaleza e Natal, abrimos mais uma loja em Fortaleza e fechamos a de Natal.
Frisson: Como a loja lidou com a pandemia, quando houve uma suspensão de eventos e casamentos?
Balreis: Quando veio a pandemia as coisas ficaram difíceis para todo mundo, então fechamos uma loja em Fortaleza e ficamos com uma loja que é a atual. Essa loja cresceu muito, e hoje estamos com ponto de locação e venda em uma única loja. E graças a Deus por sermos uma empresa familiar, sempre com pé no chão, conseguimos passar sem mandar nenhum funcionário para casa.
Frisson: E com o retorno, o senhor percebe alguma mudança na moda ou na busca por certos estilos de roupa? Como por exemplo, busca de roupas de festa para eventos na praia…
Balreis: A moda ficou bastante acentuada, antigamente as pessoas tinham costume de usar trajes mais tradicionais, como cinza, preto, tons mais opacos. E hoje as roupas mais coloridas, tendência crítica, gravata mais aberta, as roupas mais slim, sapato sem meia, uma grande tendência e acredito que irá demorar a sair, ficou realmente bastante bonito. A pandemia foi um momento muito difícil, então as pessoas estão voltando agora para as festas trazendo mais alegria para o que vestem e passando a valorizar ainda mais os momentos de celebração.
Frisson: Quais estão sendo as tendências de 2022? E quais o senhor aposta que serão as tendências até o fim do ano?
Balreis: Tendência de 2022, as roupas masculinas que é nosso forte são cores como ferrugem, telha, cítricas, as calças um pouco mais alta na cintura, são calças com pregas na frente, joelho mais largo e a boca mais estreita um pouco curta para usar com sapato sem meia.
Frisson: O senhor trabalha também com uma marca própria de roupa, a Balreis. Pode falar do diferencial da marca, seus tecidos etc?
Balreis: Começamos com locação de roupas e depois sentimos a necessidade de vender. Começamos a trabalhar com nossa marca e hoje 95% do que temos em loja é da nossa marca, como, sapatos, cintos, meias, paletós, blazer e etc.. são roupas exclusivas e muito bem desenhadas, produzidas em São Paulo pela Andriello e Apa, as melhores marcas do mundo, para oferecer uma qualidade com excelência para nossos clientes. O mercado de moda masculina vem crescendo bastante.