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Das entrevistas às coleções: a vida de Otávio Mesquita

São décadas dedicadas à carreira televisiva. Ele já fez de um tudo para arrancar de seus entrevistados informações exclusivas. Confira a seguir um papo super bacana que tivemos com o apresentador Otávio Mesquita:

Otávio, ao longo de sua carreira, você entrevistou muitas autoridades e personalidades. Quem você ainda sonhar em entrevistar?

Olha, essa é uma pergunta difícil de responder!

Jura?

Claro. Posso te dizer assim, de uma maneira poética e diferente, eu queria entrevistar Deus.

Como assim, Otávio?

É verdade! Eu queria entrevistar Deus, porque a gente convive, tem fé. Eu sou um cara espiritualizado. Mas sabe... Eu tive um sonho há alguns anos em que eu me envolvi em um acidente de carro e eu fui para o céu. No meu sonho, eu encontrei Deus, que era uma luz, mas que ficava mudando de cores. Eu lembro que a primeira coisa que Ele falou para mim foi: quais são as suas dúvidas? O que você quer perguntar para mim? Nesse momento, eu só conseguia chorar e falei assim: deixa eu só me concentrar. Aí, Ele virou e disse “acabou seu tempo, você tem que voltar”.

Além de Deus, quem mais?!

Olha, falando agora de pessoas físicas, eu gostaria muito de entrevistar hoje o presidente da Coréia do Norte. Eu queria conversar com aquele coreano maluco, sabe? Tenho muitas perguntas para ele. Por que? Para quê? Como assim?

De sua relação próxima com artistas que já viraram “estrelinhas”, quais as que mais marcaram você e deixaram lições?

Hebe dispensa comentários. Cauby Peixoto. Rogéria, que foi com quem comecei a fazer Carnaval. E, mais recentemente, o Marcelo Rezende. Não gosto nem de falar, que já começo a chorar... (lágrimas) Ele vinha aqui em casa, veio uma vez ver jogo, botei o telão para a gente, ele vinha e tomava vinho, a gente cantava com violão. Quando eu soube do problema que ele tinha, eu imediatamente telefonei para ele, que me passou muita tranquilidade, até pela espiritualidade dele. Eu disse para ele “olha, você é muito espiritualizado, mas foca na fé e na medicina”. Aí, ele me disse “ah, Otávio, eu não sei...”. Eu perguntei se ele tinha medo de morrer. Ele me respondeu assim: “medo de morrer, Otávio? Claro que não. Quando eu morrer, eu vou encontrar Deus. Então, eu vou feliz. Eu vou estar jovem teoricamente e vou encontrar Deus”. Daí, eu perguntei, então, qual o medo dele? Foi aí... (lágrimas) Ele me disse assim: “meu maior medo é saber que as pessoas que gostam de mim vão ficar tristes”. Isso me marcou muito. Ele não tinha medo de morrer, tinha medo de deixar as pessoas tristes.

E esse seu lado colecionador?

Eu sou meio colecionista. Eu tenho a bota da Elke Maravilha, que eu pedi a ela de presente depois de uma entrevista. O Cobra é um dos maiores muralistas do mundo. E ele me fez um quadro inspirado em uma câmera que foi do Glauber Rocha. E ele fez um painel para o meu programa quando estreou no SBT. Um dia, pedi ao Silvio um presente, e ele me deu esse quadro que o Cobra fez. Tenho também um carro de corrida do Giancarlo Fisichella, que é um templo para mim. Muita gente me pergunta por quê não um carro de Ayrton Senna. Mas é porque teve um envolvimento pessoal e direto do Fisichella comigo. Do Silvio Santos, também ganhei um terno dele da época de camelô. Tenho também sapatos da corrida do Felipe Massa. Tenho roupas que pilotos usaram em corridas. E queria ter também a cueca do Silvio Santos, mas eu não consegui ainda (risos). Queria a calcinha da Gisele Bündchen.

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