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A princesa de Gales, Kate Middleton, voltou a brilhar, literalmente, durante o banquete de Estado oferecido na noite desta quarta-feira (3) pelo rei Charles III ao presidente alemão Frank-Walter Steinmeier, no Palácio de Buckingham. Ao lado do príncipe William, do rei e da rainha Camilla, Kate surgiu em um dos visuais mais comentados do ano, marcado pela escolha de uma joia histórica e praticamente nunca vista pelo público.

A princesa usou a Tiara Oriental da Rainha Vitória, uma das peças mais exclusivas e misteriosas da coleção real. Criada em 1853 pela lendária joalheria Garrard, a tiara reúne 2.600 diamantes em um trabalho meticuloso que atravessa gerações. Encomendada pelo príncipe Albert para sua esposa, a Rainha Vitória, a joia originalmente levava opalas, as pedras favoritas do consorte, mas, após a morte precoce de Albert e o longo luto vivido por Vitória, a peça caiu em desuso.

Ao longo da história, a tiara passou por mãos ilustres e colecionou curiosidades. Herdada pela rainha Alexandra em 1901, ganhou fama de trazer má sorte, o que levou a monarca a substituir as opalas por rubis, preservados até hoje no design em forma de flor de lótus. Curiosamente, há registro de que Alexandra a tenha usado apenas uma vez.

Em 1936, tornou-se uma das joias queridinhas da Rainha Mãe, Elizabeth, que a utilizou em diversas ocasiões, incluindo aparições registradas em 1939, 1950 e 1953, semanas antes da coroação da filha, Elizabeth II. A própria Elizabeth II, mesmo sendo herdeira legítima da tiara, cedeu sua posse à mãe enquanto ela vivesse e só usou a peça uma única vez, em uma visita oficial a Malta, em 2005, a última aparição pública da tiara até então.

Quase duas décadas depois, a joia histórica retorna ao centro das atenções pela cabeça impecavelmente elegante de Kate Middleton, reforçando a tradição, o glamour e a narrativa simbólica que a monarquia britânica imprime em cada escolha de estilo.