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"O PT não existiria se não fosse a Teologia da Libertação", revela Lula .

"Eu que viajei o Brasil inteiro para construir esse partido, eu sei o valor de um padre progressista", comenta o ex-presidente.

Lula e Boff protagonizaram um encontro virtual que fez o Raio X da amizade que já perdura há 40 anos entre o político e o teólogo.  Genésio Darci Boff, mais conhecido como Leonardo Boff não economizou na louvação ao ex-presidente Lula, considerado por ele o segundo maior líder do planeta, perdendo apenas para o Papa Francisco. 

Rememorando a amizade quadrigenária, Boff conta episódios pitorescos como as "homilias" feitas por Lula em suas missas quando ainda podia celebrar como padre católico. "Você dizia nestas homilias que queria libertar o Brasil", recorda o teólogo vestido de vermelho escalarte  como o ídolo. 

"Nunca deixei de apoiar a causa do PT", declarou Boff e disse ao amigo que ambos possuem um projeto comum, o de "criar uma sociedade onde não é tão difícil o amor". Ainda para o amigo lisonjeiro do ex-presidente conedenado por corrupção, o PT possui o mesmo eixo da Teologia da Libertação ( TL), "a opção pelos pobres". 

Na recordação da história, Genésio faz revelações retumbantes sobre as origens do Partido dos Trabalhadores. "As Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) não entraram no PT, as CEBs fundaram as células do PT". Lula devolveu a ode . "Foi a relação com você, e com outros 'companheiros da Igreja', como padres...Foi a relação que tive com Dom Claudio Hummes, Dom Evaristo Arns, Dom Evangélico e milhares de movimentos sociais  que me fez ser quem eu sou", declara Lula 

O ex-presidente segue confirmando o que Boff havia dito anteriormente. " O PT não existiria sem as Comunidades Eclesiais de Base; o PT não existiria se não fosse a Teologia da Libertação. Eu que viajei o Brasil inteiro para construir esse partido, eu sei o valor de um padre progressista numa cidade pequena. Quando a polícia fechava os sindicatos era a Igreja que abria as portas pra gente", relembrou o ex-presidente. 

Crítica aos evangélicos 

Após as recordações da amizade duradoura , Lula passou a outros temas como   o que ele considera uma "confusão religiosa" que existe no país, uma referência indireta ao crescimento da força evangélica no meio da política partidária. Os dois passaram a criticar a atuação dos evangélicos nos meios de comunicação, na política e no atual governo.  "Nessa briga que estamos vivendo há uma deformação na formação religiosa da sociedade. Eu fico preocupado com o acontece na religião, com um Prsidente da República dizendo 'eu querer um ministro da suprema corte 100% evangélico'", disse Lula. 

Lula ainda falou sobre o encontro com o Papa Francisco e disse a Boff que gostaria de falar em partiular com ele sobre o que ele havia conversado com o Romano Pontifíce. O ex-presidente condenado ainda puxou assunto sobre desigualdade social, questionou quem acumula riqueza e o impacto da pandemia do novo coronavírus. 

Assista a íntegra da live:

 

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