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O Ceará é o estado brasileiro com a maior taxa proporcional de atraso na aplicação das segundas doses da vacina contra a Covid-19. A informação é de pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que lançou nesta quarta-feira, 29, o primeiro boletim VigiVac, junto a um documento que pretende acompanhar a efetividade das vacinas, como também o cumprimento do esquema vacinal. Os dados foram feitos com base em informações lançadas até o dia 15 de setembro.
A média nacional de atraso é de 11%, enquanto a do Ceará está em 33%. Segundo o painel, são 600.860 pessoas no Ceará que não tomaram a segunda dose. São 384.280 pessoas atrasadas para a AstraZeneca (taxa de atraso de 44,6%), 147.218 (taxa de 52,5%) e 69.362 pessoas para a Pfizer (taxa de 10,2%).
A análise considerou apenas pessoas que tomaram a primeira dose e ainda não tomara a segunda. Para a AstraZeneca e a Pfizer, foram considerados 84 dias de intervalo entre as doses. Já a CoronaVac, a data foi de 28 dias. Para ambos, houve a criação de uma data limite, quando se passam 14 dias apóis a data prevista para a segunda dose.
O boletim deverá ser atualizado semanalmente, indica a Fiocruz. Ainda, os pesquisadores da fundação destacam a necessidade de completar o ciclo vacinal, de forma a garantir a efetividade plena da vacina, tanto individualmente quanto coletivamente. Dos imunizantes aplicados no Brasil, apenas a Janssen possui dose única.
Municípios
Dos 10 municípios com maior índice de atraso, oito deles são cearenses. A cidade com maior índice de atraso é São Paulo de Olivença, no Amazonas, seguido de Guaramiranga, Acopiara e Meruoca, todos cearenses.
Segundo o documento, Fortaleza possui a taxa de atraso de 8,45, menor que a taxa nacional. No total, são 60.425 pessoas que tomaram a penas a primeira dose.