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No pior momento da pandemia e exatamente um ano após o primeiro caso registrado no Ceará, o Estado registrou 167 dos 184 municípios com risco “altíssimo” em relação à Covid-19. Essa é a pior marca registrada no Estado desde o lançamento do Painel Covid, em dezembro de 2020. 15 municípios estão com risco “alto”, um está com risco “moderado” - o município Erere - e um está com risco “baixo” - São João de Jaguaribe.
A taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) estava, na manhã desta segunda-feira, 15, em 93,72%. Também nesta manhã, 21 hospitais estão com a capacidade em 100%.
Até o momento, o Ceará já acumula 473.006 casos confirmados de coronavírus e 12.314 óbitos pela doença.
A Frisson questionou a Secretaria de Saúde sobre esse aumento. A comunicação da pasta indicou que todo posicionamento é feito por meio do governador Camilo Santana (PT), que semanalmente vem realizando lives para falar sobre a situação do Estado. Na última transmissão, Camilo decretou lockdown em todo o Ceará até o próximo dia 21 de março e ressaltou a importância do distanciamento social.
No Ceará, 398.043 pessoas tomaram a primeira dose e 161.847 foram imunizadas com ambas as doses. Na Capital, são 138.541.
Falta de oxigênio
O governador publicou em suas redes sociais indicando problemas no fornecimento de oxigênio dos equipamentos municipais do Estado “pela questão da logística das empresas contratadas pelos municípios”. Segundo o líder do executivo, o problema não é pela falta de oxigênio, mas sim pela má distribuição.
A reunião para discutir o problema contou com o presidente da Assembleia Legislativa, presidente da Associação dos Prefeitos (Aprece), MPCE, MPF, e os secretários da Saúde e da Casa Civil. Segundo Camilo, a rede estadual está com suporte o suficiente.
De acordo com a secretária municipal de saúde, Ana Estela Leite, uma UPA localizada no bairro Edson Queiroz registrou, neste fim de semana, uma “sobrecarga de oxigênio”, mas que “nenhum paciente ficou sem oxigênio” após a transferência dos pacientes para outras unidades de atendimento, evitando um colapso. “Dias temos unidades sobrecarregadas. Outras ocasiões, essa sobrecarga pode comprometer a oferta de oxigênio. Um determinado momento são insumos, são medicamentos…”, disse a secretária, em live na manhã desta segunda-feira, 15, sobre o momento atual da pandemia.