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Estudos preliminares indicam que CoronaVac é eficaz contra cepa brasileira da Covid-19

Segundo uma fonte ligada à pesquisa e informante da agência Reuters, o estudo foi realizado com soro de pessoas vacinadas

Foto: Divulgação

Os resultados preliminares de um estudo realizado no Brasil indicam que a vacina CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório SinoVac e produzida no Instituto Butantan, é eficaz contra a cepa brasileira do coronavírus, a P.1, originada em Manaus. As informações são do jornal Estadão. 

Segundo uma fonte ligada à pesquisa e informante da agência Reuters, o estudo foi realizado com soro de pessoas vacinadas, forma utilizada para avaliar se os anticorpos que ficam presentes no sangue - produzidos após a aplicação da vacina - conseguem neutralizar o vírus. Os resultados foram positivos. 

Os resultados ainda indicaram uma redução do número de casos graves em idosos.

Na semana passada, uma fonte também confirmou que estudos preliminares indicavam que a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca e produzida no Brasil pela Fiocruz também se mostrou eficaz contra a cepa P.1. A Frisson entrou em contato com a Fiocruz Nacional para confirmar a informação e aguarda resposta. 

Entretanto, em nenhum dos casos há a confirmação da sociedade científica sobre os resultados, visto que os dados ainda não foram publicados. 

A nova cepa

Encontrada em Manaus - e em outras localidades, inclusive no Japão, de pessoas que vieram do Brasil -, a nova variante brasileira foi denominada de P1 por cientistas de diversas instituições e estima-se que seja uma das responsáveis pelo colapso de saúde pública de Manaus em janeiro de 2021.

As mutações de vírus são esperadas em uma pandemia, quando a doença é passada de uma pessoa para a outra. Entretanto, a nova cepa vem se mostrando mais infecciosa que o primeiro coronavírus identificado. 

Ainda não há pesquisas suficientes para confirmar outras informações sobre o novo vírus. Para tais respostas, são necessárias mais amostras e novos estudos para de fato compreender o nível de transmissão da variante, a letalidade e se ela é ou não resistente às vacinas já existentes.

A variante no Ceará

No 1º de março, o secretário de Saúde do Estado, Dr. Cabeto, confirmou que há 240 casos suspeitos da nova cepa brasileira, sendo 16 “praticamente confirmados”. Segundo o titular da pasta, os resultados indicaram indícios de  transmissão comunitária da cepa no Estado. A “transmissão comunitária” ocorre quando já há confirmação de casos sem a possibilidade de rastrear a infecção. 

O Ceará havia confirmado a nova cepa no começo de fevereiro, em três homens de mais de 60 anos, sendo dois viajantes e um já suspeito de transmissão comunitária. As análises dos casos suspeitos estão sendo realizadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e deve revelar as análises das novas confirmações em breve.

 

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