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Ceará registra três casos da variante do novo coronavírus encontrada em Manaus

Os três pacientes são homens com mais de 60 anos e estão internados em hospitais particulares de Fortaleza

A Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa) anunciou na noite desta segunda-feira, 8, que o Ceará já registrou os três primeiros casos da variante do novo coronavírus encontrada em Manaus. Dois dos casos são relacionados a viajantes. Já o terceiro é de um residente no Ceará, que levanta a hipótese que já haja transmissão comunitária da nova cepa no Estado. 

As análises foram realizadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Ceará e no Amazonas que, por meio de sequenciamento total - técnica de sequenciamento de genoma - confirmou as três amostras com o genoma específico do novo vírus. 

Os três pacientes são homens com mais de 60 anos e estão internados em hospitais particulares de Fortaleza. Como não há uma cronologia da amostra, ou seja, uma ordem definida, não há como afirmar que esses três casos sejam os primeiros do Estado. A Secretaria ainda analisa outros 90 casos suspeitos da nova cepa. 

Em vídeo divulgado pela secretaria de saúde para a imprensa, o titular da pasta, Dr. Cabeto, confirmou as variantes e alertou por um maior cuidado da população principalmente em relação a viagens. O secretário reforçou também as medidas já conhecidas, como evitar aglomerações e praticar ao máximo o isolamento social. 

Dessa forma, o secretário recomendou que viajantes oriundos de Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Roraima, Pará e Sergipe permaneçam de quarentena por 14 dias após chegar ao Estado para evitar a disseminação da cepa. 

A Sesa também acrescenta que os países Argentina, Canadá, Chile, Equador, Estados Unidos da América, Jamaica, México, Peru, Japão, Reino Unido, África do Sul e República Dominicana também são consideradas áreas de risco com circulação de novas variantes. 

“Estamos diante de uma realidade epidemiológica bem diferente. Nós estamos no reconhecimento de novos casos de covid, uma onda maior. Ainda não tão intensa quanto a primeira onda, mas algumas coisas são particularmente diferentes. Entre elas, a presença de mutações, especificamente, a mutação encontrada em Manaus já encontramos no Ceará”, ressaltou o secretário.

“"É importante, mais uma vez, preservarmos os cuidados de termos mais restrições. Obedecer ao uso de máscara, não aglomerar, e principalmente, criar o movimento solidário de cuidar da vida do outro", alertou o secretário”. 

A nova variante

Encontrada em Manaus - e em outras localidades, inclusive no Japão, de pessoas que vieram do Brasil -, a nova variante brasileira foi denominada de P1 por cientistas de diversas instituições e estima-se que seja uma das responsáveis pelo colapso de saúde pública de Manaus em janeiro de 2021.

As mutações de vírus são esperadas em uma pandemia, quando a doença é passada de uma pessoa para a outra. Entretanto, a nova cepa vem se mostrando mais infecciosa que o primeiro coronavírus identificado. 

Ainda não há pesquisas suficientes para confirmar outras informações sobre o novo vírus. Para tais respostas, são necessárias mais amostras e novos estudos para de fato compreender o nível de transmissão da variante, a letalidade e se ela é ou não resistente às vacinas já existentes.

 

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