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O assessor parlamentar Steve Bannon, ex-estrategista-chefe da Casa Branca e um nomes da campanha do atual presidente Donald Trump, foi preso nesta quinta-feira, 20. O conselheiro foi acusado de desviar verba de uma campanha on-line de apoio à construção de muro entre os Estados Unidos e México, uma das principais bandeiras da campanha de Trump em 2016. As informações são do jornal da CNN dos EUA.
A acusação foi feita pela Procuradoria de Nova York, que acusou Bannon e outros três cúmplices de utilizar centenas de milhares de dólares coletados na arrecadação para despesas pessoais. A pena máxima do crime pode chegar em até 20 anos de prisão.
A arrecadação, chamada de “We Built the Wall” (“Nós construímos o muro”, em inglês), foi criada pelo veterano de guerra Brian Kolfage, um dos nomes indiciados. A estimativa é que o fundo tenha arrecadado cerca US$ 25 milhões (R$ 142 milhões), doados por centenas de milhares de pessoas. Segundo procuradores, a promessa da campanha era utilizar 100% dos valores em prol do projeto da construção do muro.
Questionado sobre o ocorrido, Trump disse que se sentia “muito mal” e que “não falava com ele [Bannon] há um longo tempo”. Sobre o desvio do projeto, o presidente americano ressaltou que não “sabia de nada” da campanha e que não conhecia os responsáveis da arrecadação.
Eleições presidenciais
As eleições estadunidenses estão marcadas para 2020. Nesta semana, o ex-vice presidente Joe Biden foi confirmado como representante do Partido Democrata, nome que será o adversário de Trump, que concorre à reeleição pelo Partido Republicano.
Ainda na corrida para a Casa Branca, o Partido Democrata anunciou a parlamentar Kamala Harris como vice-presidente dos Democratas, sendo a primeira mulher negra a concorrer ao cargo. Durante a Convenção Nacional do Partido Democrata, que vem ocorrendo ao longo desta semana, a advogada protestou contra o racismo.
Em 2016, Trump se elegeu após concorrer contra Hillary Clinton, candidata dos Democratas e esposa do ex-presidente Bill Clinton.