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Os economistas brasileiros estão menos pessimistas em relação ao cenário econômico nacional, é o que diz a 43ª edição da pesquisa Índice de Expectativas dos Especialistas em Economia (IEE), realizada pela Fecomércio Ceará e pelo Conselho Regional de Economia (Corecon-Ce). 

A pesquisa pontua as variáveis de 0 a 200. Números abaixo de 100 configura uma situação pessimista e, acima dessa margem, otimista. Cada variável gera então três índices: percepção presente, futura e expectativa geral. A pesquisa é realizada bimestralmente , nesta edição, colheu as expectativas de 122 especialistas em economia durante maio e junho. 

Segundo a pesquisa, o índice de percepção geral apresentou uma redução de pessimismo, saindo de 73,5 nos últimos resultados e chegando a 77,3, uma variação de 5,2%. 

Já no comportamento do futuro, houve uma melhora de 26,1%, saindo de 77,3 e registrando 97,5 pontos. Já o índice de percepção presente registrou aumento no pessimismo, de 69,6 pontos na última pesquisa até 62,7 pontos no levantamento atual, uma redução de 9,9%. 

No total, seis variáveis ainda registraram uma pontuação pessimista, sendo elas: nível de emprego (90,5 pontos); taxa de câmbio (85,3 pontos); gastos públicos (49,1 pontos); taxa de inflação (41,4 pontos); salários reais (37,9 pontos) e taxa de juros (21,1 pontos), que atingiu a menor pontuação. Já as três variáveis analisadas restantes geraram resultados otimistas, sendo elas cenário internacional (144,4 pontos); evolução do PIB (120,7 pontos) e oferta de crédito (105,2 pontos). 

Segundo Ricardo Eleutério, conselheiro do Corecon e porta voz da pesquisa, a redução do pessimismo, mesmo que um pouco tímida, se deve às ações que se aproximam à normalidade da realidade pré-pandemia. "Essa redução se deve ao fato do avanço da vacinação observado no mundo e no Brasil, e a gradativa retomada das atividades econômicas, que termina por contribuir com a melhora das expectativas".