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Crescendo semanalmente em 2021, a gasolina registrou mais um aumento no Ceará e chegou à máxima de R$ 6,03 no Ceará, um aumento de R$ 0,14 em relação à semana anterior. O valor foi encontrado no Crato, em um dos sete postos pesquisados. Já a média da cidade foi indicada como R$ 5,691.
Os dados são de levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado em 147 postos em Caucaia, Crato, Fortaleza, Juazeiro do Norte e Maracanaú. A pesquisa ocorreu entre os dias 14 e 20 de março.
O valor é histórico no Ceará, visto que é a primeira vez que o litro do combustível apresenta mais de R$ 6, segundo registros da própria ANP. O valor é a terceira maior cotação encontrada do Nordeste, atrás somente da Bahia (R$ 6,49) e do Piauí (R$ 6,19). Já em relação à média, que também apresentou uma alta de R$ 5,49 para R$ 5,41, é a quinta maior cotação, atrás da de Bahia (R$ 5,89), Piauí (R$ 5,88), Rio Grande do Norte (R$ 5,87) e Sergipe (R$ 5,69).
Na Capital, o valor máximo apresentou uma redução de R$ 0,10 em relação à semana anterior e ficou em R$ 5,69. Foram 101 postos pesquisados em Fortaleza, que apresentaram o preço médio de R$ 5,50 no combustível.
Em relação ao diesel, houve uma redução ínfima de R$ 0,009 no preço máximo encontrado. O valor, de R$ 4,610, foi registrado em Juazeiro do Norte. Entretanto, a pesquisa foi realizada somente em duas cidades e sete postos. Além de Juazeiro, a ANP analisou o Crato. A Capital não foi incluída no levantamento.
Por que o preço aumenta?
Resultantes do preço do petróleo, da valorização do câmbio, de impostos estaduais e federais, da margem de revenda - ou seja, uma quantia decidida pelos postos de gasolina - e do etanol anidro, os valores da gasolina aumentaram mais de 8% em 2021, e a tendência é ainda continuar subindo.
A gasolina dos postos de combustível é uma junção de gasolina com etanol anidro, uma porcentagem de 73% e 27%, respectivamente, segundo informações da Petrobras. O valor final é, então, resultado da distribuição e coleta (10,4%), custo do Etanol Anidro (16,1%), o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS, de caráter estadual), os tributos federais PIS/Pasep e Cofins (12,7%) e, por fim, realização da Petrobras (33,9%).
A alta cotação do dólar, o aumento do preço de barril do petróleo no mercado internacional e o aumento ICMS foram alguns dos fatores que contribuíram para o aumento do preço da gasolina no Ceará.