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Representantes de diversos setores e organizações relacionadas a eventos vêm se reunindo, desde junho, para organizar um protocolo para a retomada das atividades. Antes previstos para a última fase do plano de retomada responsável das atividades econômicas e comportamentais do Governo do Ceará, no dia 20 de julho, o setor foi surpreendido pelo adiamento das atividades cerimoniais.

Na época, em live, o governador Camilo Santana (PT) afirmou que estava discutindo junto a autoridades sanitárias os melhores protocolos para o retorno responsável. “Há uma preocupação para que não haja retrocesso”, afirmou em transmissão realizada no dia 17 de julho. 

Segundo Alda Iodes, diretora de capacitação da Associação de Cerimonialistas do Estado do Ceará (Acec), que vem participando de reuniões, junto a outros representantes do setor, com a Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado (Seplag), a falta de previsão concreta para uma nova data vem dificultando ainda mais a organização do setor.

“Se você me perguntar se o setor de eventos está pronto para voltar, ele está. Nós queremos uma resposta. A gente precisa desse direcionamento para que a gente possa passar isso para o nosso cliente”, explica a cerimonialista. Segundo ela, a proposta é seguir com os mesmos protocolos utilizados em restaurantes, respeitando o limite de pessoas e outras normas de segurança, como a proibição de música ao vivo e de bebida alcoólica. 

“Queremos dar uma opção para o nosso cliente. Estamos pleiteando o pequeno, um casamento para a gente alimentar essa cadeia, porque senão ela vai deixar de existir. A gente tá há quase cinco meses parado total”, explica. Também de acordo com Alda, a regularização seria necessária para evitar eventos clandestinos que ocorrem sem fiscalização e segurança. 

Além da Acec, outras entidades do setor vêm participando das reuniões, como Sindeventos, Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc), Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape) e Câmara Setorial e Turismo e Eventos, além de representantes do Governo e do Ministério Público do Ceará. 

Segundo levantamento realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em abril, a pandemia havia atingido 98% do setor, o que levou a uma redução de até 100% do faturamento.

Daniel Meireles, diretor de protocolos da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos do Ceará (Abrape-CE), ressalta que o setor já está apto para o retorno. Segundo o empresário, eventos, como feiras e buffets, podem funcionar com protocolos específicos - semelhantes a shoppings centers, atividades religiosas e restaurantes -, o que permite a volta das atividades. 

O Frisson News tentou entrar em contato com a Seplag, mas, segundo a assessoria, como o protocolo da segurança do Estado para tais setores ainda está em construção, não há como representantes conversarem com jornais. Entretanto, de acordo com a comunicação da Secretaria, a proposta é que o retorno do setor ocorra em setembro.