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Gaida Dias fala sobre vida na política, crescimento da Frisson e sua agência Seara Brasil

À frente da comunicação do maior Grupo de midia do Ceará, Gaida fala sobre liderança, pandemia, política e futuro: “Amo o que faço e me envolvo com paixão"

À frente da comunicação do maior grupo de midia do Ceará, Gaida Dias fala sobre liderança, pandemia, política e futuro em um bate-papo exclusivo com a Frisson. “Amo o que faço e me envolvo com paixão, por isso o sucesso de tudo que administro ”, confidencia ela.
 
Gaída é conhecida pela competência e dinamismo em tudo que faz. Ao lado dos irmãos, lidera uma equipe em um império de comunicação com mais de 300 funcionários, 10 veículos de mídia, a coluna social Frisson, que se tornou a mais desejada da sociedade quando se fala em cobertura de eventos, e uma agência de publicidade que nasceu em 2008. A empresária de comunicação reúne carisma, prestígio, poder e influência entre os meios de comunicação local e nacional. 
 
Este ano é de eleição. O seu nome foi cotado para vice do Capitão Wagner (Pros), pouco tempo depois da sua filiação ao partido, mas você não aceitou. Fala um pouco sobre isso.  
Fiquei muito honrada com o convite. A ideia realmente é seguir os passos do meu pai, mas tudo aconteceu muito rápido. Tenho gratidão pelo Capitão e ele sabe que contará com o meu apoio, seja nas ruas ou nos bastidores. 
 

Mas preferiu recusar mesmo sabendo que poderia ser a prefeita de Fortaleza em caso de ausência do Capitão Wagner?

(Risos) Não tenho essa vaidade. Sinto-me preparada para colaborar na administração trazendo um olhar fraterno, respeitoso com as pessoas, sobretudo com os mais necessitados, e, acima de tudo, forte, para que juntos possamos entender e buscar o melhor para o desenvolvimento de nossa Cidade. E em todas as reuniões que estive com o Capitão, com a militância e com os empresários envolvidos, a ideia é do vice ser um gestor que some ao mandato no dia a dia e com conhecimento ter competência para substituir de imediato, em caso de ausência. 

Antes de se filiar ao Republicanos, você recebeu convites de alguns partidos. Sentiu algum tipo de descriminação por ser mulher?
De jeito nenhum. Pelo contrário! Não senti dificuldade alguma em legitimar minha candidatura em canto nenhum. Fui muito bem acolhida por todos. A decisão pelo Republicanos se deu, primeiramente, para continuar no partido que meu pai foi um dos presidentes. Além disso, pelo convite que recebi do Marcos Pereira (presidente Republicamos nacional) e pela parceria que temos com Ronaldo Martins. Outro detalhe, é que com a cota de 30% para mulheres nas eleições facilitaria bastante. 
 
Há mais de 20 anos você está no Grupo Cidade. Então, vem acompanhando de perto toda essa evolução nos meios de comunicação. O que tem a dizer sobre essa vivência e transformação com o passar dos anos?
A TV e o rádio são os veículos com o maior alcance, principalmente quando falamos de impacto. O custo benefício desses meios de comunicação é incomparável. Em 2010, agregamos ao grupo midiático o portal online, que nos trouxe o poder da notícia em tempo real. E foi nessa mesma época que nasceu a Frisson, uma coluna voltada para os públicos A e B e que, hoje, atinge maior target de qualificação do Grupo Cidade. Então, não podemos esquecer a mídia online. A internet é, sem dúvidas, um universo sem fronteiras. Ciente disso, nesse período de pandemia, fiz alguns cursos online sobre mídias sociais, pois elas estão presentes no nosso dia a dia e milhões de pessoas estão ligadas diariamente nelas. A internet tem um grande papel para o mundo atual. Ela trouxe novas tecnologias de comunicação, facilitando a vida das pessoas, seja para conversar, postar fotos, compartilhar ou obter informações. Não há quem não use pelo menos uma das redes sociais no seu cotidiano. Tudo que é feito via internet tem tido uma força muito grande. É a força da internet, que, sem limites e trazendo facilidade de acesso a partir de qualquer lugar do mundo, permite que a informação esteja ao alcance das nossas mãos. 
 
Por falar na Frisson, ela passou por uma notável mudança com grande repercussão. O que levou a tudo isso?
Na verdade, estou sempre inovando. E a Frisson, como coluna, também sempre seguiu essa linha, passou por atualizações e é conhecida por chegar na frente quando o assunto é evento, notícia e informação. Mas com a chegada da pandemia, tivemos que ser rápidos e criativos. Os eventos sociais foram suspensos e tivemos que ampliar as notas sociais pra notícias mais completas. Também passamos a abranger outras editorias e agregamos conteúdo especializado com a participação de amigos, que se tornaram parceiros. Resumindo, a pandemia abriu uma nova janela e nos conectou com mais pessoas e com o mundo. Olha só quem agora está conosco, nomes de destaque local e nacional em suas áreas, como Ricardo Amorim (Economia), Eugênio Vasques (Mundo Jurídico), Sasha Reeves (Mundo Fitness), Pe. Airton Freire (A Palavra de Deus), Lidú Figueiredo (Mundo Business), Viviane Martins (Saúde e Estética). E a nossa mais nova convidada é a Cassinha Rocha, uma fofa, que está com a editoria Cariri, para valorizar uma região rica de cultura, economia, diversidade de assuntos e, o mais forte: uma sociedade que valoriza o trabalho local. 
 
Qual diferencial da Frisson em relação aos demais sites sociais? 
A responsabilidade com a qualidade da notícia e nas coberturas sociais. Somos a única coluna social que divulga os nomes de todos os profissionais que estão envolvidos nos eventos. Não enviamos fotógrafos sem convite ou autorização dos anfitriões ou organizadores de um evento. Outra premissa da Frisson é que não temos pressa no furo da informação, ou seja, damos a notícia com as informações apuradas para combater as fake news. 
 
A Frisson é uma coluna “good News”?
100%! Somos de boa. Agregamos e informamos. Já noticiamos falecimentos e outros temas tristes, mas nosso intuito é sempre somar com cada parceiro. A notícia é gratuita, mas também faço questão de ter publieditoriais, um conceito que vem ganhando muita força no mundo do marketing nos últimos anos. Essa é uma estratégia valiosa, pois tem uma característica muito especial: trata de uma propaganda que valoriza uma marca ou as soluções que ela oferece.
 
E com toda essa mudança, como a coluna está de audiência?
Melhor parte! O isolamento social imposto pela Covid-19 confirma a força da internet como um dos principais veículos de comunicação. Na última semana, comparando os dados de abril pra cá, tivemos um aumento de 116% em números de acesso e um aumento significativo no tempo de navegação no site. Tivemos ainda um crescimento de 67% de novos visitantes. Temos visitantes do Brasil, claro, mas também de outros países como EUA, Noruega, Portugal e França. Fechamos essa semana uma pesquisa qualitativa com um instituto super conhecido pra validar nossos dados. Em breve, teremos mais informações. 
 
Sua relação com sua equipe é bem diferenciada. O que te motiva a ser assim?
Pessoas precisam ser valorizadas. Somos todos iguais, porém uns com mais responsabilidades do que outros. Falo no sentido de um diretor ser responsável por várias áreas e mais pessoas. Eu amo minha equipe, sou parceira e os trato como sócios, afinal, são eles que estão comigo no dia a dia fazendo a engrenagem rodar. Um chefe que não tem carisma ou se coloca superior ao subordinado não consegue leveza e harmonia na equipe. A lei do cumpra-se não funciona comigo. Quando viajo, faço questão que toda equipe sente na mesa comigo e ficamos no mesmo hotel. Trato como minha família. Aline é meu maior exemplo. Trabalhamos duro, reclamo, ensino, mas também compartilhamos dos momentos divertidos de viagens e finais de semana. Carol é minha escudeira de bastidor. O Paulo e o casal Jinking, nossos fotógrafos, são outros amados. Nos tornamos família e sou madrinha das filhas deles. O Lino é meu anjo protetor. De motoboy se tornou o fotógrafo mais caprichoso da equipe. Quando eu estava com programa em rede nacional na Record News, o Frisson TV, ele quem produzia as pautas e dirigia meus entrevistados. Lembro da viagem para gravação do Canta Comigo, em 2018, em São Paulo. Nesse dia, de repente estou fazendo uma passagem (gravação sozinha) e vejo aquela multidão se dirigindo a mim. Era o Lino trazendo a Xuxa para eu entrevistar. Quase morri... mas essa confiança é recíproca. Temos as jornalistas Leticia, minha garota virtual da Frisson, e a mascotinha Natália, que recentemente chegou na equipe e já superou qualquer outro jornalista em rapidez e envolvimento com a notícia. Além de rápida, ela busca envolver o entrevistado até nas notas sociais. Estou muito feliz com nosso momento. Pessoas do bem se conectam e dão certo. Chamo isso de sintonia. 
 
E agora falando de publicidade, você montou uma agência?
Ops, olha a rata. A Seara Brasil, nasceu em 2008. Calma, ninguém tem obrigação de saber, né? Mas quando nascemos, lá atrás, nosso objetivo era trabalhar com uma linguagem clara e eficiente, prestando serviço para meu maior cliente: a TV Cidade. Nosso objetivo era divulgar o Grupo Cidade, comprovando a qualidade nacional com conteúdo local e queríamos mostrar para todo Brasil que sabíamos fazer barulho. De lá pra cá, fizemos as campanhas políticas do Vitor Valim para vereador, deputado federal e deputado estadual, todas com êxito no resultado. Desenvolvemos toda a comunicação visual da Frisson desde 2010, desenvolvemos logo e campanhas do Bora Viajar, como alguns clientes que atendemos e fizemos suas campanhas: Cheppitos, Magazine Luiza, quando chegou ao Ceará, vídeo para Hiper Bompreço, Amazonas Decorações, Construtora Alves Lima, que na época teve campanha na Globo local, a TV Verdes Mares. 
 
O fato de ser dona de grupo de comunicação te ajuda ou atrapalha?
Ai ai. (risos) Lá vem polêmica. Depende de que ponto de vista você quer ver. Mas vou falar e você entende ao final. Sempre trabalhei com ética e primei pela qualidade do mercado. Mas já tive experiência de agências que não investiam nada em nossos veículos de comunicação para priorizar amizade ou benefícios que recebiam de outros veículos. Mas é como eu sempre digo: tem espaço para todo mundo. Cada pessoa tem seu dom, seu talento. Não adianta falar de amizade nem regras porque, na hora do "pega pra capar", cada um quer pagar suas contas. O que o mercado pode esperar da Gaída como agência é uma pessoa que vai direcionar o cliente para o melhor veículo de acordo com o tipo de campanha que ele quer atingir. Amizade não sustenta prejuízo. Com isso, quero dizer que se o cliente está numa agência e foi “assediado” por outra ele só sai se não tiver tendo resultado. Mas desde quando abri minha agência fiz questão de estar dentro das Normas-Padrão com atuação nacional, para assegurar boas práticas comerciais entre nossos anunciantes, as demais agências de publicidade e os veículos de Comunicação. Nosso certificado foi renovado novamente e das 260 agências que existem em Fortaleza, apenas 18 estão dentro da norma com certificados legais. Hoje, todos os clientes credenciados eram meus clientes diretos da TV e quando sai da direção comercial fui prospectá-los para fazer o mesmo que eu fazia enquanto gestora: criar e tê-los com ótimos resultados de vendas. Um exemplo de case foi a Nossa Moto. Eles tinham uma agência na época e sugeri uma propaganda para agregar em um lançamento. Na verdade, não tenho nenhuma vantagem como dona de veículo, até porque o cliente tem que comprar o espaço. A facilidade é o respeito que os veículos e os clientes têm pelo meu trabalho. Tenho portas abertas em todos. E por sinal, fui super bem acolhida pelos veículos de comunicação e pelo sindicato das agências, o Sinapro-CE. 
 
A publicidade está em um "momento de transformação". Com o novo coronavírus, esse processo será acelerado? O que podemos esperar?
Já fazia um bom tempo que a publicidade, tanto no Brasil quanto no Ceará, não caminhava bem sob os pontos de vista criativo e negocial, precisando se reinventar. Agora, com a pandemia, esse problema cresce e a necessidade de reinvenção se transforma em obrigatoriedade de re-reinvenção. O mais importante na comunicação é saber encantar e passar confiança de algo que o cliente ainda não viu. A propaganda!
 
Quais são as boas lições que o mercado publicitário pode tirar deste momento? 
Em todo cenário e toda época se tiram experiências, sejam elas ruins ou positivas. A maior lição que levaremos para a vida é saber administrar a distância, mantendo foco e resultados satisfatórios, maximizando o tempo e o dinheiro do cliente. 
 
Como lida com tantas equipes?
Fácil. Gosto de lidar com pessoas e acredito nelas. Atualmente estou com um time de mais de 10 funcionários na agência que fica em um prédio na praça Portugal. Para manter a qualidade, o segredo está na customização de cada projeto e também na constante participação dos nossos profissionais. A Michelle Brasil, minha cabeça pensante nas ações e campanhas dos clientes, trabalha comigo há 13 anos. Ela era da TV e agora é exclusiva do time Seara. Além de rápida, ela capta o "GaidêS", meu dialeto especial que só os bons entendem (risos). 
 
Com tantas agências no mercado, qual sua estratégia para atrair clientes?
Na verdade eu tenho sido mais procurada pelos clientes do que vou atrás. A estratégia é justamente esse olhar 360º. Inclusive, registrei agora o nome somos360.com.br,  pois olhamos de fato todos os pontos de contato das marcas com os clientes e trabalhamos todos eles de forma produtiva. Também uso minhas redes sociais pra agregar no barulho que os clientes precisam. Eu gosto de agregar e somar com todos. Isso tem feito a diferença. Muitos clientes não eram mimados e confesso, amo mimar e surpreender. Sempre entrego mais do que o cliente compra, seja com uma nota social ou com ação nas minhas redes. Isso ninguém pode dizer que é concorrência. Vejo como oportunidade para fazer diferente. O storytelling é fundamental, além de propósito claro da marca. Os clientes querem se identificar e concordar com a marca que consomem, estar próximos a elas. 
 
Entre as suas muitas atividades, ainda tem forte atuação e influência nas redes sociais. Qual a importância delas em seu trabalho?
Adoro comunicação. Meu trabalho é exatamente isso. Divulgar o que faço sem formalidades para quem está assistindo. E nelas sou bem eu, espontânea, brinco e gravo meu dia a dia, seja reuniões mais formais ou brincadeiras com os recebidos. Tenho facilidade e gosto das redes sociais. O Instagram é meu favorito. Tenho canal no YouTube, que foi criado para transmitir minhas entrevistas quando eu estava com programa na Record News, o Frisson TV, um programa multitemático que abordava o universo da moda, comportamento, música, cultura, artes, gastronomia, experiências em viagens e entrevistas, que estão em alta. Com o falecimento do meu pai, a demanda de trabalho aumentou e pedi a direção para romper com nosso contrato. Mas continuo com canal, sendo mais espaçadas as gravações.
 
Seu nome é referência como executiva entre as TVs do Brasil. A que acredita que se deve esse reconhecimento?
E sou? Tenho alguns amigos nesse mundo maravilhoso. Conheci as emissoras da Record de Manaus ao Rio Grande do Sul. Quando éramos SBT, fizemos grandes amigos que temos contato até hoje. Em outubro, estarei fazendo uma mentoria com uma herdeira que a família é dona de TV e iremos justamente focar em como agregar TV, redes sociais e montar um canal de entrevista para trazer prestigio e notoriedade para a emissora. Ou seja, como usar comunicação para alavancar um dos seus três pilares: vendas, audiência ou prestígio. 
 
Você foi convidada para fazer mentoria em startup. Por que não aceitou o convite?
Meu tempo é bem maluco. Sou mãe, esposa, executiva e não consigo dar conta. E estamos vivendo um momento muito desafiador na economia, não só no Ceará, mas no mundo inteiro. Milhares de empregos foram perdidos e a luta pela sobrevivência é diária. Além disso, a forma de pensar e agir dos consumidores mudou muito. Entre os aprendizados decorrentes do novo coronavírus, está a necessidade urgente de transformação dos negócios. Mais do que nunca, nós empresários precisamos ficar atentos às mudanças, nos atualizarmos e nos adaptarmos com rapidez. Quem não for ágil nesse processo, vai ficar para trás. A consultoria ajuda a repensar o negócio e a alcançar melhores resultados. Mas em 2021 já estamos fechando as novidades. 
 
Para finalizar, fala um pouco sobre os próximos projetos para a Frisson.
Para celebrar esses 10 anos da Frisson, já estamos preparando campanha. Está no forno. E também teremos mais novidades no site. As editorias no site são identificadas por cor. Ao acessar, você identificará o tema pela cor do título, assim como temos feito nas postagens das redes sociais. A notícia, por exemplo, tem cor cinza. Tecnologia, Brasil, Covid, política, educação, eleições, internacional, meio ambiente e segurança são subeditorias dessa categoria. Entretenimento é pink e as subeditorias como moda, celebridade, cinema, música, televisão são destacadas por essa cor. Rosa claro representa as notas sociais, que falam de aniversários, casamentos, celebração e as cegonhas. Negócios tem cor vermelha, como business, economia, empreendedorismo e turismo. Eventos, que são as coberturas sociais, têm cor roxa. Entrevistas têm tom azul, fitness verde água, gastronomia amarelo, jurídico na cor laranja, religião é azul claro e saúde, verde claro. Outro projeto já em andamento é que somos a coluna social oficial do evento Marina Al Mare, do Marina Park Hotel. E até o final do ano teremos muitas novidades com eles. Em novembro, também estamos tentando agenda com um mega especialista em redes sociais para dar um curso presencial de como crescer e ser visto no Instagram: "Para pequenos e gigantes".
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