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Livro "Cidades Invisíveis" homenageia Fortaleza e é lançado nesta terça, nos 295 anos da Cidade

Com 23 crônicas que revivem o afeto pela cidade, o livro será publicado pelo site de financiamento coletivo Catarse, e conta com um evento de lançamento nesta terça-feira, 13, às 17 horas

Foto: Divulgação

Assistir a um filme no Cine São Luiz, ver o pôr do sol na Ponte dos Ingleses ou admirar de longe o navio Mara Hope, encalhado no litoral do Ceará há pouco menos de 40 anos. Essas e outras formas de viver intensamente a Cidade, apesar de no momento terem sido adiadas devido ao novo coronavírus, serão resgatadas no livro “Cidades Invisíveis”, da jornalista Kelly Garcia. 

Com 23 crônicas que revivem o afeto pela cidade, o livro será publicado pelo site de financiamento coletivo Catarse, e conta com um evento de lançamento nesta terça-feira, 13, às 17 horas, no Instagram da autora, @eukellygarcia. O objetivo do financiamento é arrecadar R$ 5 mil e a contribuição mínima é R$ 40. 

A data usa como gancho o aniversário da capital cearense, terra de Iracema, que completa 295 anos nesta terça-feira. A Cidade, apesar de não ser a terra de nascimento da autora, já faz parte de sua vida há mais de 30 anos. “Aqui estudei no ensino médio, fiz faculdade, me tornei repórter. Durante todo o tempo que andei por ela, tudo me fazia viajar no tempo. Desde os meus tempos de adolescente, não conseguia olhar pra lugares antigos e não imaginar quem por lá poderia ter pisado. Repórter, rodei a cidade toda nos plantões imprevisíveis”, conta a autora, que, apesar de viver em Caucaia, tem sua vida diretamente ligada com a Capital. 

Misturando história, vivências, memórias e um pouco de ficção, as histórias passeiam pelo tempo, revivendo espaços públicos da Cidade e momentos do passado. “ É um retrato de uma cidade que foi praticamente extinta e só vive nas memórias, com alguns vestígios aqui e ali”, ressalta a jornalista. 

A Cidade invisível, como é chamada Fortaleza, é aquela que não existe mais no mundo físico, mas que ainda sim marca uma presença, seja na memória, na imaginação ou ainda em alguma outra instância metafísica. “Seria a Cidade que não conseguimos mais ver fisicamente, mas que persiste quando fechamos os olhos e imaginamos. Sinto isso com muito do que a cidade deixou de ter. Tantos prédios foram derrubados, inclusive há pouco tempo. Infelizmente, Fortaleza é desapegada da sua história”, critica a jornalista, ressaltando que a insegurança também é um fator que fez com que as pessoas acabassem por se afastar dos espaços da Cidade. 

“Lugares como o Dragão do Mar e o Farol do Mucuripe se tornaram muito perigosos. Fortaleza também está cheia de equipamentos culturais em reforma, como é o caso da Ponte dos Ingleses e da Estação João Felipe. No livro, encontrei uma forma de acessar esses lugares pelo que eles representam pra mim e pra muita gente. O artista plástico convidado para ilustrar, Vando Figueiredo, captou bem a essência do projeto e fez ilustrações lindas que estarão em cores nos livros e brindes disponíveis”.

 

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